O consumo médio de energia elétrica residencial entre janeiro e julho deste ano ficou em 157,2 KWh/mês, sendo o maior desde 2001, segundo análise feita pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética) divulgada nesta segunda-feira (23). Em números, o resultado aponta que no mês passado o total de consumidores residenciais chegou a 57,1 milhões.
O resultado foi puxado pelo aumento no consumo das famílias residentes nas regiões Norte e Nordeste do país, beneficiadas pelos programas de transferência de renda e pelo aumento nas compras de equipamentos eletrônicos – como condicionadores de ar. Somente no mês passado, essa região registrou crescimento de 13,9%, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
A região Sudeste não registrou crescimento no consumo, em decorrência dos fracos desempenhos dos Estados do Espírito Santo (-3,6%) e São Paulo (-1,2%), em decorrência de uma menor quantidade de dias analisados e também do baixo consumo devido ao frio.
Segundo a empresa, ligada ao Ministério de Minas e Energia, as indústrias brasileiras consumiram 15.915 gigawatts-hora (GWh) no mês passado, alta de 13,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O recorde anterior foi registrado em agosto de 2008, quando o consumo totalizou 15.823 GWh.
"A trajetória recente do consumo desta classe, bem como a evolução dos principais indicadores internos de atividade, evidenciam que a retomada da indústria nacional vem se dando não apenas pelo chamado efeito base da crise de 2009, mas também pelo fato de apresentar viés de crescimento e aceleração das atividades econômicas de maneira mais ampla", disse a EPE, em nota.
No acumulado do ano, o segmento industrial consumiu 105.573 GWh de energia elétrica, alta de 13,9 % ante os primeiros sete meses de 2009. O forte crescimento do consumo das indústrias no último mês fez com que o consumo total de energia avançasse 8,4% em julho em relação ao mesmo período do ano passado, para 34.382 GWh.
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