A redução no preço dos alimentos fez a prévia da inflação, o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15), ficar em -0,05% em agosto, queda um pouco menos intensa do que a verificada em julho (-0,09%), segundo dados divulgados nesta sexta-feira (20) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os preços dos alimentos recuaram em todas as regiões pesquisadas, o que provocou uma queda de 0,68% no mês de agosto, levemente menor que (-0,80%) registrado em julho.
Entre os alimentos que ficaram mais baratos estão: batata-inglesa (-22,06%), o tomate (-21,89%), a cebola (-9,26%), o açúcar cristal (-8,10%), as hortaliças (-8,00%), o feijão carioca (-4,78%), o açúcar refinado (-3,96%) e o leite pasteurizado (-1,93%).
Mesmo assim, comer fora de casa ficou mais caro. O item "refeição fora" aumentou 0,71%. O preço da carne também está mais salgado, com elevação de 1,36%.
Entre os grupos pesquisados, os itens educação (0,37%), habitação (0,33%), despesas pessoais (0,27%) e saúde (0,13%) registraram alta. Enquanto que transportes, com 0,02%, ficou próximo da estabilidade, apesar da alta de 4,99% no etanol e 0,31% na gasolina. Já vestuário (-0,09%) e artigos de Residência (-0,18%) tiveram redução nos preços.
Somente quatro regiões deixaram de apresentar desaceleração no índice geral: Curitiba (0,38%), Porto Alegre (0,14%), Goiânia (0,15%) e Belém (0,04%). As demais variaram entre -0,02% (Fortaleza) e -0,55% (Salvador).
Sobre o IPCA-15
Com esse resultado, a variação acumulada no ano ficou em 3,21%, acima de igual período do ano anterior (2,95%). Apesar disso, nos últimos doze meses, o índice ficou em 4,44%, abaixo dos doze meses imediatamente anteriores (4,74%). Em agosto de 2009 a taxa havia sido de 0,23%.
O indicador funciona como uma prévia do índice oficial de inflação, o IPCA, que referência para acompanhamento da meta de inflação do governo, definida em 4,5% para este ano.
Os preços usados como base para o IPCA-15 foram coletados entre 14 de julho e 13 de agosto e comparados com aqueles vigentes de 15 de junho a 13 de julho. O indicador se refere às famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.
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