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Recorde ainda mantém Brasil na lanterna

O Brasil nunca emprestou tanto à população para a compra da casa própria. No entanto, nem mesmo com os recordes seguidos na oferta de financiamentos habitacionais, o país saiu da lanterna do crédito destinado no mundo.   Com 3,3% do PIB (Produto In

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.08.2010, 17:20:00 Editado em 27.04.2020, 20:58:30
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O Brasil nunca emprestou tanto à população para a compra da casa própria. No entanto, nem mesmo com os recordes seguidos na oferta de financiamentos habitacionais, o país saiu da lanterna do crédito destinado no mundo.

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Com 3,3% do PIB (Produto Interno Bruto) destinado aos empréstimos, o Brasil está atrás dos parceiros emergentes, Índia (5%) e China (12%), e no último lugar na fila, quando comparado aos países mais ricos, que chegam a destinar quase o mesmo valor de toda a riqueza do país ao crédito imobiliário, segundo dados da Abecip (Associação Brasileira de Crédito Imobiliário).

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O motivo desse atraso tem a ver em parte com a desigualdade de renda no país, mas também com a falta de grana destinada à construção de moradias. Segundo dados do BC (Banco Central), o dinheiro destinado ao financiamento habitacional atingiu R$ 111,6 bilhões em junho, sendo 90% com recursos públicos - oriundos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e da poupança.

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Toda essa grana, vinda somente de duas fontes, financia a construção de 1,5 milhão de imóveis no ano. O número atende a procura atual das famílias, mas como o país sofre com atraso no setor, o valor praticamente não mexe no déficit habitacional (falta de moradias), estimado em 7 milhões, formado não somente pelos sem-teto, mas pela população que vive de aluguel ou mora em cortiços, segundo João Crestana, presidente do Secovi-SP (sindicato da habitação).

Essa população, segundo o especialista, não é atendida pelo programa do Minha Casa, Minha Vida, destinado à compra da casa pelas famílias com renda de até três salários mínimos (R$ 1.530).

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- Diria que se nós fizermos além daquelas 1,5 milhão, mais 500 mil por ano, em 15 anos, encerraremos o déficit. Aqueles 32 milhões de pessoas que entraram na classe C e vão demandar uma melhora de habitação, não serão financiados pelo Minha Casa. A fonte, aqui, é a caderneta de poupança [...]. O problema é que ela só será insuficiente.

Se para construir mais é necessário financiamento, as duas únicas fontes disponíveis no mercado podem se esgotar diante do próprio crescimento do país nos próximos anos. Com o aumento do emprego formal, mais renda no bolso e melhora da classe média, a demanda por imóveis somente pela classe C chegará a 1,4 milhão por ano até 2016, o que pode ocasionar em falta de dinheiro para financiar, segundo Luiz Antônio França, presidente da Abecip.

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