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Indústria do petróleo lança cartilha contra gargalos

Prevendo investimentos de US$ 400 bilhões na área de exploração de petróleo no mar (offshore) nos próximos dez anos, a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) lançou hoje uma cartilha com dez diretrizes que apontam soluções para evitar que

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.08.2010, 13:39:00 Editado em 27.04.2020, 20:58:31
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Prevendo investimentos de US$ 400 bilhões na área de exploração de petróleo no mar (offshore) nos próximos dez anos, a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) lançou hoje uma cartilha com dez diretrizes que apontam soluções para evitar que gargalos do setor comprometam o cenário otimista. "O pré-sal é o fato novo, é o que dá condições de um salto para a indústria nacional. Se os gargalos forem sanados temos condições de ampliar em cinco vezes a previsão de geração de empregos neste período, de 400 mil empregos", disse Bruno Musso, superintendente da Onip.

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A agenda com as diretrizes para o setor de petróleo lançada pela Onip tem como base estudo encomendado à consultoria Booz & Company, que identifica os entraves e apresenta as soluções para que o País potencialize os benefícios gerados pelo grande volume de encomendas de bens e serviços a serem demandados para a exploração do pré-sal e do pós-sal.

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"Apesar de muito se falar em pré-sal, é preciso destacar que nos próximos cinco anos pelo menos o pós-sal ainda domina os nossos investimentos. Até acredito que isso deva se inverter depois disso, mas hoje o pré-sal é menos da metade do que o pós-sal", disse o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, presente ao evento.

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Indagado sobre a capacidade da indústria nacional atender à demanda da Petrobras, Gabrielli ressaltou que ela "está se capacitando, está se preparando para isso". "A indústria está saindo do primeiro elo da cadeia para o segundo elo", destacou. Para Gabrielli, o estudo da Onip mostra que "apesar dos problemas, há mais soluções do que dificuldades. As soluções mostram que podemos ter mais do que dobrados os investimentos e a geração de empregos", disse.

Gabrielli também destacou a importância do conteúdo nacional na área de refino. "É importante lembrar que, além da fase exploratória, demos um salto de investimento no refino, de US$ 200 milhões no ano de 2002 para US$ 200 milhões mensais hoje. Nesta área, temos um conteúdo nacional muito maior. E muitas vezes as pessoas não se dão conta de que determinada tinta ou qualquer equipamento genérico contratado vai para a área de petróleo e não para outra finalidade qualquer", disse.

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As dez políticas apresentadas pela Onip para o setor são, segundo a ordem de apresentação: 1) gerar e disseminar conhecimento e inovação ao longo da cadeia; 2) incrementar a produtividade e aprimorar processos da produção local; 3) fortalecer atividades industriais em três a cinco polos produtivos; 4) estimular a formação de centros de excelência tecnológica nos polos produtivos; 5) simplificar e aumentar a transparência das políticas de conteúdo local; 6) fortalecer o sistema empresarial nacional e sua atuação internacional; 7) atrair tecnologia e investimento de empresas internacionais; 8) garantir isonomia tributária, técnica e comercial entre competidores externos e locais; 9) estabelecer condições de financiamento e garantias competitivas internacionalmente; 10) acessar matéria-prima, insumos e infraestrutura em condições competitivas. Ao comentar os dez pontos, Musso afirmou que tratam-se de ações concretas "que precisam ser tomadas para que esta oportunidade não seja perdida".

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Conteúdo nacional

O diretor geral da Onip, Eloy Fernandez & Fernandez, criticou as dificuldades para que seja aferido o conteúdo nacional da área de petróleo. "Há muita burocracia e faltam elementos técnicos para determinar o cálculo", disse hoje durante o evento do setor. Ele citou como principal exemplo das dificuldades o fato de a Agência Nacional do Petróleo (ANP) ter contratado várias certificadoras e não haver homogeneidade na avaliação. "O que é (conteúdo local) para uma pode não ser para outra", disse. Para ele, estas dificuldades trazem incertezas aos fornecedores e encarecem o processo como um todo. "Há uma incompreensão geral e quem paga é o fornecedor que não sabe para onde ir."

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