O ex-diretor geral da HP, Mark Hurd, elogiado por tornar sua empresa na maior companhia de tecnologia do mundo, negociava um novo contrato de cerca de US$ 100 milhões quando caiu na desgraça.
Agora, a HP deve pagar ao executivo cerca de um terço da cifra como compensação por ele ter sido despedido. Hurd receberá um pacote de indenização com US$ 12,2 milhões, assim como quase 350 mil ações da HP, que valiam cerca de US$ 16 milhões no preço do fechamento de sexta-feira.
A HP anunciou na sexta a demissão de Hurd - de 53 anos, casado e pai de dois filhos - , após uma investigação de assédio sexual que determinou que o executivo falsificou relatórios de gastos e outros documentos para ocultar seu relacionamento com uma fornecedora contratada pela HP. Além disso, o executivo teria intercedido para que ela recebesse por trabalhos não realizados.
A mulher, que trabalhou para a HP como anfitriã em eventos para executivos, acusou Hurd de assédio sexual, de acordo com uma pessoa com conhecimento próximo do caso que pediu para não ser identificada.
Nas últimas semanas, Hurd negociava um novo contrato por três anos em que receberia cerca de US$ 100 milhões. A apresentação "sistemática" de relatórios financeiros falsos convenceu a junta diretora que "seria impossível para ele ser um líder eficaz de agora em diante e que teria de deixar seu cargo", ressaltou o assessor geral da HP, Michael Holston, em conferência com analistas na sexta-feira.
Holston disse que os relatórios financeiros imprecisos foram relacionados com os gastos pessoais de Hurd. O ex-diretor geral reconheceu que houve "momentos em que não vivi à altura dos princípios de confiança, respeito e integridade que me propus na HP".
A advogada Gloria Allred, que defende a mulher envolvida no caso, disse que sua cliente "não teve nenhum caso nem relações sexuais" com o executivo.
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