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Exportações do Paraná cresceram 12% no trimestre

As exportações do Paraná cresceram 12% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Impulsionadas pelo câmbio favorável, as receitas de vendas externas somaram US$ 3,34 bilhões, contra US$ 3 bilhões nos primeiros três meses de 2015, d

Da Redação

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Embarques de soja em grão, carnes e automóveis puxaram o resultado - Foto: Agência Estadual de Notícias
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Embarques de soja em grão, carnes e automóveis puxaram o resultado - Foto: Agência Estadual de Notícias
Escrito por Da Redação
Publicado em 11.04.2016, 14:17:00 Editado em 27.04.2020, 19:51:29
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As exportações do Paraná cresceram 12% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Impulsionadas pelo câmbio favorável, as receitas de vendas externas somaram US$ 3,34 bilhões, contra US$ 3 bilhões nos primeiros três meses de 2015, de acordo com dados de Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Os embarques de soja em grão, carnes e automóveis puxaram o resultado. As importações, por outro lado, sentiram o peso do dólar desfavorável e tiveram queda de 24,3%. 

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Foram US$ 2,43 bilhões no primeiro trimestre, contra US$ 3,2 bilhões de janeiro a março do ano passado. Com o resultado, o Paraná fechou o primeiro trimestre com um superávit comercial de US$ 928,8 milhões. O Estado respondeu, sozinho, por 11% do saldo comercial brasileiro no trimestre, de US$ 8,4 bilhões. O desempenho do Paraná nas exportações foi melhor do que o do Brasil, que, mesmo com o câmbio favorável, registrou queda nos embarques. No primeiro trimestre, o Brasil registrou uma retração de 5% nas exportações, para US$ 40,6 bilhões. 

“O Paraná está aproveitando melhor a válvula de escape proporcionada para o câmbio para crescer nas vendas externas, o que deve ter um reflexo positivo no desempenho da economia paranaense em 2016”, afirma Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social). 

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Um dado relevante, de acordo com ele, é que as exportações paranaenses estão crescendo não apenas no complexo soja, tradicionalmente exportador, mas também na indústria, que perdeu espaço no mercado externo nos últimos anos. 

INDUSTRIALIZADOS – No primeiro trimestre, as vendas externas de produtos manufaturados foram puxadas pelos automóveis, cujos embarques totalizaram US$ 99 milhões, 166% mais do que no mesmo período do ano passado. Parte desse desempenho se deve à melhora nas relações comerciais com a Argentina, com a mudança de governo no País. As exportações de veículos de carga, por sua vez, cresceram 143,6%, para US$ 33,7 milhões. 

Para Suzuki Júnior, a tendência é de melhora do quadro de exportações da indústria, principalmente com o início das exportações de celulose pela nova fábrica da Klabin em Ortigueira, nos Campos Gerais.

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“O setor de papel e celulose deve ser um dos destaques nas exportações em 2016”, afirma. SOJA - No agronegócio, a soja puxou os embarques paranaenses. As exportações do grão – que respondem por 24% das vendas externas do Estado - aumentaram 106,2%. Passaram de US$ 393,1 milhões no primeiro trimestre do ano passado para US$ 810,5 milhões no mesmo período de 2016. 

As vendas de carne bovina in natura, por sua vez, cresceram 265%, de US$ 7,1 milhões para US$ 25,9 milhões, embaladas pelo fim de embargos e queda de barreiras sanitárias ao produto paranaense nos últimos meses. 

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As vendas de carne suína in natura avançaram de US$ 22,3 milhões para US$ 33,2 milhões, alta de 48,4%. A receita de carne de frango in natura - segundo colocado na pauta de exportações do Estado – teve queda pequena, 3,6%, para US$ 449,8 milhões. As exportações de cereais, principalmente milho, também tiveram resultado positivo, com alta de 51,4% na mesma base de comparação – de US$ 145,8 milhões para US$ 220,8 milhões. 

De acordo com Suzuki Júnior, a tendência geral nas exportações é de crescimento em 2016. “Depois de dois anos de retração, as exportações devem fechar com crescimento em 2016 e ajudarem o Paraná a ter um saldo positivo na balança comercial”, afirma. 

COMPRAS EXTERNAS - As importações, porém, seguem em tendência de queda, influenciada pelo dólar alto e pela redução da atividade econômica. No primeiro trimestre, a maior retração, de 60%, foi registrada nas importações de óleo bruto de petróleo, de US$ 212,1 milhões, para US$ 84,7 milhões. As compras de automóveis de outros países tiveram resultado semelhante, com queda de 59%, de US$ 148,3 milhões para US$ 59,9 milhões. 

O destaque de crescimento ficou para as importações de máquinas e aparelhos para fabricação de pasta celulósica e papel. As importações passaram de US$ 11,4 milhões para US$ 81,4 milhões – alta de 616% - impulsionadas pelo projeto da Klabin em Ortigueira. Ainda assim as importações paranaenses caíram menos do que a média brasileira. As importações do País recuaram 33,4% no primeiro trimestre, para US$ 32,2 bilhões.

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