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Receio de inadimplência faz varejo restringir crediário

Responsável por uma parcela significativa da carteira de clientes do comércio, em especial, em cidades menores, o carnê está cada dia mais restrito em Apucarana. Uma breve passagem da reportagem da Tribuna por algumas lojas na Avenida Curitiba, no centro

Da Redação

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Vendedor Cleiton Adriano Cretuchi não abre mão do carnê | Foto: Delair Garcia
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Vendedor Cleiton Adriano Cretuchi não abre mão do carnê | Foto: Delair Garcia
Escrito por Da Redação
Publicado em 05.04.2016, 08:41:00 Editado em 27.04.2020, 19:51:38
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Responsável por uma parcela significativa da carteira de clientes do comércio, em especial, em cidades menores, o carnê está cada dia mais restrito em Apucarana. Uma breve passagem da reportagem da Tribuna por algumas lojas na Avenida Curitiba, no centro de Apucarana, que concentra os principais estabelecimentos comercias da cidade, constata que o crediário próprio continua como alternativa para quem não tem conta em bancos ou quer fugir dos juros abusivos das financeiras. Por outro lado, parcelar as compras no carnê não é mais algo tão simples. O cadastro está mais exigente diante do avanço da inadimplência.

O gerente de uma loja de calçados, Joaquim Roberto Luiz, de Apucarana, explica que o crediário continua como forma de pagamento da loja, porém novas fichas são feitas somente após análise de crédito, referência e com entrada. “Se na consulta apontar qualquer problema, não vendemos. A inadimplência neste ano aumentou 4%”, afirma.

Ainda de acordo com Joaquim, cerca de 35% dos clientes da loja pagam com carnê. Entre as vantagens, o gerente destaca a negociação direta quando há atraso no pagamento e o parcelamento sem juros. Já para os novos clientes, o crediário é uma entrada e mais duas parcelas. Já para quem têm anos de casa, pode pagar até em seis vezes o preço da etiqueta. Outro gerente de vendas, Fernando Bonilha, destaca que para fazer o cadastro também é feita análise de crédito. Por dia, em média, segundo ele, são feitos oito cadastros.

Como vantagem, Fernando também cita a negociação direta com os clientes. “A procura pelo crediário se mantém estável, mas a inadimplência aumentou nos últimos meses quase 1%”, diz. Segundo Bonilha, a justificativa quase sempre é a mesma: o desemprego. “Neste caso, tentamos negociar e o juro aplicado é o mínimo. Situação bem diferente do cartão de crédito”, garante.

Já a gerente de vendas Eliane Godoy, de uma loja confecções, revela que o crediário desde 2014 é só para clientes antigos. “Por enquanto, a decisão é essa, por causa da inadimplência”, justifica. Outra loja, cuja gerente não quis se identificar, adotou a medida por quatro meses. “Por receio da crise, não abrimos novas fichas de dezembro a março”, diz a gerente.

"VELHO CARNÊ"
Já quem tem o velho carnê, desfruta das vantagens. Um exemplo é a professora Maria das Dores de Almeida, 67. “Oferece melhor forma de pagamento. O cartão está ficando muito caro”, diz. O vendedor Cleiton Adriano Cretuchi, 34, também compartilha da mesma opinião. “Se acontecer de atrasar, negocio direto na loja. Diferente do cheque e do cartão”, argumenta.

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