BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta quinta-feira (28) que o BC permanecerá vigilante quanto à evolução da economia e adotará as medidas necessárias para levar a inflação à meta de 4,5% em 2017.
Em sua fala, o presidente do BC disse que vislumbra para este ano um menor dinamismo para a economia global e a manutenção de níveis altos de volatilidade e de incerteza.
"Esse quadro se insere em um contexto de relativo esgotamento da capacidade das políticas fiscal e monetária de alavancar o crescimento em um ambiente de alterações demográficas e de pressões geopolíticas", afirmou.
O discurso foi feito diante de uma plateia de empresários, sindicalistas e demais integrantes do CDES (Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o chamado Conselhão, onde a presidente Dilma apresenta, na tarde desta quinta (28), seu plano de estímulo à economia, com retomada do crédito e discussão de reformas estruturantes.
Segundo Tombini, o processo de mudança dos preços administrados pelo governo, como de combustíveis, se mostrou mais "prolongado e intenso" que o previsto, o que influenciou o atual patamar de inflação, de dois dígitos. O dólar alto também confluiu para a alta da inflação, justificou.
Por outro lado, o dólar alto favorece ganhos de competitividade, o que tem provocado alta nas exportações e queda nas importações.
"Para isso, é de fundamental importância a atuação do Banco Central no controle da inflação, de modo que esses ganhos não sejam eliminados pelos aumentos dos preços domésticos."
Escrito por Da Redação
Publicado em 28.01.2016, 18:14:07 Editado em 27.04.2020, 19:53:21
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