O governo federal avalia estender o contrato de concessão de hidrelétricas como maneira de compensar perdas dos investidores provocadas, por exemplo, por atrasos nessas obras.
A medida, caso venha a ser adotada, pode beneficiar os consórcios responsáveis por três dos maiores projetos brasileiros no setor: as usinas de Belo Monte, no Pará, e Jirau e Santo Antônio, em Rondônia.
Em entrevista ao G1 no final de abril, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, demonstrou preocupação com as perdas registradas por esses consórcios.
De acordo com ele, se nada for feito, corre-se o risco de inviabilizar a construção de novas hidrelétricas no país, pois os investidores não se interessariam mais nesses projetos. A situação se tornou mais urgente depois que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) rejeitou, em abril, o pedido dos consórcios responsáveis por Belo Monte, Jirau e Santo Antônio para que fossem considerados isentos de responsabilidade pela demora nas obras.
Com o atraso, essas usinas deixaram de entregar parte da energia aos clientes e, por isso, devem comprar essa eletricidade no mercado, de outras geradoras, para compensá-los.
Ao pedir o perdão, os consórcios visavam justamente evitar esse desembolso que, somado, pode provocar prejuízo bilionário a seus acionistas.
Eles alegam não ter responsabilidade pelos atrasos, causados, afirmam, por greves de trabalhadores, invasões dos canteiros de obras, decisões judiciais e demora na emissão de licenças por órgãos públicos. Sem perdão Na avaliação da Aneel, porém, os problemas apontados não justificam o perdão pelo atraso. Uma das alegações da agência é que o cronograma das obras foi proposto pelos próprios consórcios, que assumiram risco de paralisações provocadas, por exemplo, pelas greves.
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