O Brasil deverá fechar o ano comercial 2014/15 com aumento de cerca de 5% nas exportações de suco de laranja, com a ajuda de uma boa demanda dos Estados Unidos e após um começo de temporada cheio de incertezas, estimou nesta segunda-feira a associação que reúne as grandes empresas do setor.
O país, o maior exportador global do produto, fechou os primeiros nove meses da temporada, que começou em julho, com embarques de 887.190 toneladas de suco de laranja equivalente, a 66 graus Brix (uma medida de concentração de açúcar). Foi um aumento de 5 por cento ante o período de julho a março da temporada 2013/14, segundo levantamento da CitrusBR.
"No começo da temporada, estávamos com medo (de queda nos embarques)", disse o diretor-executivo da associação, Ibiapaba Netto, em entrevista durante a feira Agrishow, em Ribeirão Preto. "Os EUA ajudaram muito. Sem EUA, a história seria outra." Se os últimos três meses da temporada confirma
rem a tendência, o ano 2014/15 deverá fechar com exportações de mais de 1,14 milhão de toneladas, ante 1,09 milhão em 2013/14. O volume ficará bem abaixo do recorde de 1,42 milhão de toneladas de 2006/07, mas servirá de alento para um setor que amarga uma queda na demanda internacional nos últimos anos, devido principalmente à mudança de hábitos dos consumidores em países desenvolvidos, os principais consumidores de suco de laranja.
Netto lembra que a Flórida, principal Estado produtor de laranja dos EUA, enfrentou uma recente quebra de safra. "Eles precisam de suco de fora para fazer blends", disse o executivo. As vendas de suco brasileiro para os EUA dispararam 21 por cento nos nove primeiros meses da temporada, mostra o levantamento da CitrusBR feito com base em dados oficiais da alfândega brasileira, ao qual a Reuters teve acesso com exclusividade.
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