BRASÍLIA, DF - Um dos maiores produtores de soja do país, o senador e empresário Blairo Maggi (PR-MT), disse nesta quarta-feira (25) que, por causa da greve dos caminhoneiros, o país já vive uma situação de desabastecimento e que a falta de uma solução rápida para o problema pode tornar o movimento "explosivo".
"Desabastecimento já há. Vamos dizer assim: nosso almoço de domingo está em cima do caminhão. Se ele não chegar a gente não almoça", disse ele na portaria do Ministério dos Transportes, em Brasília, onde deve ocorrerá a reunião interministerial do governo para tratar o assunto.
Segundo Maggi, até o momento, nenhum partido ou movimento político tentou "se apropriar do movimento".
Para o senador, essa aliança entre a política e os grevistas tornaria a situação extremamente delicada, caso não seja tratada com celeridade.
"Ele [o movimento] é perigoso porque pode criar uma desestabilização social muito rápido. Começa a falta comida, alimento, reserva de combustível e, se a oposição, partido político ou alguém quiser aproveitar esse terreno ele pode se tornar um movimento muito explosivo."
Segundo Maggi, a história mostra que é um assunto que deve ser resolvido com rapidez, citando a greve de caminhoneiros no Chile, em 1972, culminou com um golpe militar e a retirada do então presidente Salvador Allende.
Maggi disse também que o governo já indicou que pretende atender aos pleitos dos caminhoneiros e que os Estados estão fazendo "um esforço" para a redução do ICMS dos combustíveis.
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