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Protesto avança e caminhoneiros param estradas em oito Estados

SÃO PAULO, SP - O protesto dos caminhoneiros avança e os bloqueios em rodovias do país já chegam a oito Estados nesta terça-feira (24).  Até a noite desta segunda (23), sete Estados tinham registro de paralisações em estradas, mas, nesta manhã, manifesta

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Foto: Jornal Cidades – MG
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Publicado em 24.02.2015, 14:38:00 Editado em 27.04.2020, 20:02:35
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SÃO PAULO, SP - O protesto dos caminhoneiros avança e os bloqueios em rodovias do país já chegam a oito Estados nesta terça-feira (24). 

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Até a noite desta segunda (23), sete Estados tinham registro de paralisações em estradas, mas, nesta manhã, manifestantes interromperam o trânsito também em rodovias na Bahia, que já tem problemas em cinco pontos. 

Além do Estado baiano, as regiões afetadas são Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais. 

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As principais queixas dos caminhoneiros continuam sendo o aumento no preço do diesel, dos pedágios e dos valores dos tributos sobre o transporte, o que eleva os custos de transporte em um cenário desfavorável para reajustes nos preços do frete. 

Apesar de não ter uma liderança unificada e pauta conjunta, o movimento, que começou na semana passada. O movimento ganhou força desde esta segunda-feira (23), quando começaram a causar prejuízo a produtores rurais e indústrias nas regiões com bloqueios. 

Durante a madrugada, as manifestações também chegaram a São Paulo. Ao menos dez caminhoneiros fecharam por 20 minutos a rodovia Presidente Dutra no sentido São Paulo, próximo à cidade de Guarulhos. Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), a interdição provocou uma lentidão de 2 km, mas o trecho já foi normalizado e não existem mais bloqueios. 

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BLOQUEIOS 

Em Arapongas (PR), os caminhoneiros continuavam parados às 10h50 desta terça-feira (24). Eles afirmam que estão lá desde as 9h de domingo.

Em Minas Gerais, os caminhoneiros protestam em sete pontos da rodovia Fernão Dias (BR-381). Por causa da paralisação, os motoristas que trafegam no sentido São Paulo encontram trechos de lentidão entre os quilômetros 616 ao 617, 676 ao 677 e do 496 ao 513. Já na direção de Minas Gerais, ocorrem trechos de lentidão entre os quilômetros 681 ao 677, 637 ao 636, 521 ao 513 e do 622 ao 617. 

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Também foram registradas interdições em outras duas rodovias mineiras. Na BR-381, os bloqueios ocorrem próximo às cidades de Igarapé e Oliveira Perdões. Já na BR-040, os manifestantes realizam bloqueios próximo das cidades de Nova Lima e Contagem. 

No Rio Grande do Sul, os motoristas encontram pontos de bloqueios em oito rodovias federais nesta manhã. Na BR- 472 é registrado bloqueio próximo à cidade de Boa Vista do Buricá e na BR-293 a interdição é na cidade de Candiota. 

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Na rodovia BR-116, são registrados bloqueios nas cidades de Capão do Leão, Seberi e Camaquã. Já na BR-285 os motoristas enfrentam dois bloqueios próximos ao município de Ijuí. 

Quem trafega pela BR-158 encontra três paralisações dos manifestantes, duas delas perto da cidade de Cruz Alta e um em Carazinho. Também há registros de protestos de motoristas que prejudicam o trânsito na BR-468, em Palmeira das Missões; dois pontos da BR-392 na cidade de Pelotas; uma interdição na BR-386, em Sarandi. 


EVOLUÇÃO 

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A AGU (Advocacia-Geral da União) anunciou nesta segunda-feira (23) que iria recorrer à Justiça para pedir a liberação das rodovias federais bloqueadas por protestos de caminhoneiros. 

Além da crise econômica, os preços das commodities agrícolas, primordialmente transportadas por caminhões, estão em queda, dificultando as negociações para um aumento no valor pago pelo transporte das cargas. 

Em um ano, o preço do frete de Sorriso (MT) a Santos (SP), uma das principais rotas da soja, caiu 27%, para R$ 230 por tonelada na semana passada, segundo o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). 

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E o avanço da safra de soja, em plena colheita, seria um estímulo à realização dos protestos neste momento, devido à maior visibilidade. 

A mudança no quadro macroeconômico e de custos se tornou mais preocupante com o cenário de elevado endividamento no setor. 

Estimulados pelo PSI -programa do BNDES de incentivo à compra de caminhões novos-, muitos motoristas estão endividados e incluíram, nas reivindicações, a prorrogação de 12 meses das parcelas dos financiamentos. 

Os manifestantes também tentam pressionar a presidente Dilma a sancionar as alterações na "Lei dos Caminhoneiros", já aprovada no Congresso, que amplia a jornada de trabalho para até 12 horas -oito horas mais quatro horas extras, e não duas horas extras, como em vigor. 

"Se eu sou autônomo, deveria trabalhar quantas horas quisesse, a hora que quisesse", disse Otávio Mango, caminhoneiro que decidiu se juntar ao movimento em Palmeira das Missões (RS). 

Segundo Odi Zani, um dos líderes no município, os caminhoneiros registram em média queda de 30% no faturamento mensal.

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