Indústrias de alimentos, agricultores e pecuaristas do oeste, sudoeste e norte do Paraná estão tendo que suspender a produção por causa dos bloqueios nas estradas provocados por caminhoneiros em greve.
Em Medianeira, a Frimesa informou os produtores que o leite deixará de ser recolhido a partir da 0h de quarta-feira (25). O mesmo deve acontecer na fábrica da Latco, no sudoeste. Frigoríficos em Francisco Beltrão, Dois Vizinhos e Toledo deixaram de fazer o abate de aves.
Os protestos se espalham por oito estados brasileiros nesta terça-feira (24). De acordo com o diretor executivo da Frimesa, Elias Zydek, a empresa recebe por dia cerca de 840 mil litros de leite de cinco mil produtores do oeste e do sudoeste do estado para atender a demanda das fábricas de Matelândia e Marechal Cândido Rondon e da indústria de queijos de Capanema.
Quatro carretas com 110 mil litros de leite estão paradas em bloqueios na região de Arapongas desde sábado (21). Caso as interdições terminem, estima-se que em seis horas a produção seja normalizada. Em Marmeleiro, nesta terça um produtor teve que jogar fora três mil litros de leite, já que os caminhões do laticínio para quem fornece em Santa Catarina não conseguem chegar à propriedade no sudoeste do Paraná desde o dia 18. A situação tende a se repetir na região oeste. Em Medianeira, Moisés Piletti, por exemplo, produz cerca de 2,3 mil litros de leite diariamente. Caso tenha que se desfazer do leite, o prejuízo, calcula, pode chegar a R$ 4 mil por dia já que os animais precisam ser alimentados e ordenhados.
Sem embalagens na unidade de Francisco Beltrão, a Lacto paralisou as atividades e também não está mais recebendo a produção dos cerca de dois mil produtores de três cidades responsáveis por 280 mil litros de leite por dia. As atividades foram paralisadas ainda na Confepar Agro-Industrial, em Londrina, no norte do estado. Segundo a direção da cooperativa, desde sábado não é possível captar o leite produzido. “São pelo menos 40 caminhões cheios de leite parados. E muita carga já está estragada. Só em Arapongas, são sete caminhões carregados de leite que não podem circular”, disse o diretor industrial e comercial, Algacir Bertoti.
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