SÃO PAULO, SP - Metalúrgicos da montadora GM (General Motors) de São José dos Campos, na Grande São Paulo, anunciaram na manhã desta sexta-feira (20) que estão em greve por tempo indeterminado. O motivo, de acordo com o sindicato, são planos de demissão de 794 funcionários.
Segundo o Sindmetalsjc (Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos), a empresa propôs na quinta-feira (19) que os trabalhadores entrassem em férias coletivas para que, depois de dois meses, fossem demitidos.
No começo do mês, a empresa confirmou ter planos de demitir 1.500 funcionários em São Caetano (SP) e São José dos Campos. Dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) apontam redução de 14% na produção nacional de automóveis em janeiro deste ano comparado com o mesmo mês de 2014 e corte de 12.774 vagas no período.
Em nota, a GM afirmou que a proposta que apresentou foi "deturpada" pelo sindicato. A empresa também afirma que não recebeu uma notificação oficial sobre a greve, o que a tornaria ilegal.
A reportagem aguarda uma resposta sobre qual seria o real teor da proposta e que medidas legais a empresa pretende tomar.
A decisão pela greve foi tomada em assembleia pela manhã, e em seguida os funcionários entraram na fábrica, onde permanecem de braços cruzados. Uma assembleia para os trabalhadores do segundo turno está marcada para esta sexta (20), às 14h30.
A unidade tem 5.200 trabalhadores e produz 300 veículos por dia. No último dia 13, 798 funcionários voltaram de férias coletivas que ocorriam desde setembro. Segundo o sindicato, todos esses têm garantia de estabilidade no emprego até 7 de agosto.
A entidade afirma que entrou em contato com o ministério do Trabalho, para que faça a intermediação das negociações com a GM.
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