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Bolsa fecha em alta com alívio no exterior; dólar recua para R$ 2,82

SÃO PAULO, SP - A melhora do cenário externo fez a Bolsa brasileira interromper sequência de duas baixas e fechar em alta nesta quinta-feira (12), enquanto o dólar recuou para R$ 2,82 após dados fracos de consumo nos Estados Unidos e também com o alívio d

Da Redação

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Publicado em 12.02.2015, 18:16:00 Editado em 27.04.2020, 20:02:58
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SÃO PAULO, SP - A melhora do cenário externo fez a Bolsa brasileira interromper sequência de duas baixas e fechar em alta nesta quinta-feira (12), enquanto o dólar recuou para R$ 2,82 após dados fracos de consumo nos Estados Unidos e também com o alívio da situação na Grécia e o anúncio de cessar-fogo na Ucrânia. 

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O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, subiu 2,68%, para 49.532 pontos, em linha com o otimismo que contagiou os mercados internacionais nesta sessão. Das 68 ações negociadas, 54 subiram, 13 caíram e uma se manteve inalterada. O volume financeiro negociado no dia foi de R$ 6,5 bilhões, dentro da média diária registrada pela BM&FBovespa. 

O alívio nos mercados internacionais foi causado por notícias positivas na Ucrânia e na Grécia.

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O governo da Ucrânia e os separatistas pró-Rússia chegaram a um acordo para o cessar-fogo nos combates no leste do país. A trégua está prevista para começar à 0h de domingo (19h de sábado em Brasília). 

Embora tenham chegado ao acordo para a suspensão dos combates, nem as autoridades de Kiev nem os rebeldes deram sinais de que pretendem dar fim ao conflito que, segundo a ONU, deixou cerca de 5.300 mortos desde abril. 

Na Grécia, os investidores avaliaram que pode haver solução para a crise de reestruturação da dívida do país. 

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Negociadores gregos devem se reunir com representantes de União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional em Bruxelas na sexta-feira. O objetivo é se preparar para a reunião-chave com o Eurogrupo na segunda-feira sobre a dívida, disse uma autoridade da UE na quinta-feira, aumentando as esperanças de um possível acordo. 

"As notícias no exterior deram um alívio ao mercado brasileiro, reduzindo a sensação de aversão ao risco que estava pesando sobre os emergentes", avalia Bruno Piagentini, analista da Coinvalores. 

No cenário doméstico, os investidores analisaram o resultado do IBC-Br, o índice de atividade econômica do Banco Central, que mostrou que a economia encolheu 0,15% em 2014. 

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"O IBC-Br veio mostrando uma retração menor que a esperada pelo mercado, o que foi positivo", diz Piagentini. 


AÇÕES 

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Destaque para a alta de mais de 5% das ações da Petrobras na sessão. Os papéis preferenciais da petrolífera, mais negociados, subiram 5,20%, para R$ 9,50. Já as ações ordinárias, com direito a voto, fecharam com avanço de 5,88%, para R$ 9,37. 

"A declaração do novo presidente, Aldemir Bendine, afirmando que a empresa deve fazer uma redução de investimento e também descartando a possibilidade de capitalização, que não seria boa para os acionistas, impulsionou os papéis", diz o analista da Coinvalores. 

Segundo ele, a recuperação do preço do petróleo, após duas sessões de queda, também ajudou a empresa. 

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As ações da Kroton Educacional -com alta de 14,48%- e da Estácio Participações-com avanço de 10,63%- estiveram entre as maiores altas do Ibovespa. Os papéis subiram na expectativa de que o governo faça mudanças no Fies, um dia após a notícia de que o MEC (Ministério da Educação) cogitava adotar critérios mais rígidos para os novos contratos e, com isso, elevar a qualidade dos cursos e das instituições particulares participantes. 

Já os papéis da ALL - América Latina Logística fecharam em alta pelo segundo dia seguido, após subirem 9,02%, para R$ 5,56. Os papéis da Cosan Logística avançaram também pelo segundo dia e fecharam com valorização de 12,93%, para R$ 3,32. O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou no dia anterior, por unanimidade, a fusão das transportadoras ALL e Rumo Logística, controlada pela Cosan Logística, com restrições. 


CÂMBIO 

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No mercado cambial, o dólar continua no maior valor em mais de uma década, mas retrocedeu para o patamar de R$ 2,82, influenciado pela melhora nos mercados internacionais e também por dados sobre seguro-desemprego e consumo nos Estados Unidos. 

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou com queda de 1,86%, para R$ 2,825, mas segue no maior nível desde 9 de novembro de 2004. O dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, caiu 1,73%, para R$ 2,824. Foi a maior queda desde 30 de outubro do ano passado. A moeda também tem o maior valor desde 10 de novembro de 2004. 

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Além do cessar-fogo na Ucrânia, o lançamento de um pacote de estímulos pelas autoridades suecas também contribuiu para o alívio no câmbio. O banco central sueco cortou sua principal taxa de juros para território negativo e lançou um programa de compras de títulos para impulsionar sua economia. 

A queda, porém, se tornou mais acentuada após a divulgação de dados de seguro-desemprego e consumo nos EUA. O número de americanos que entraram novos pedidos de auxílio-desemprego cresceu mais que o esperado na semana passada, embora a tendência continue consistente com um fortalecimento do mercado de trabalho. 

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram em 25 mil, para 304 mil em dado ajustado sazonalmente, na semana encerrada em 7 de fevereiro, informou o Departamento do Trabalho americano. E os dados da semana anterior foram revisados para mostrar mil pedidos a mais do que o informado anteriormente.

Além disso, o Departamento de Comércio americano informou que as vendas no varejo -excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços de alimentos- subiram 0,1% no mês passado, após queda revisada de 0,3% em dezembro. 

Os gastos do consumidor dos Estados Unidos quase não se recuperaram em janeiro, com famílias ainda segurando os gastos, sugerindo que o crescimento econômico foi lento no início do primeiro trimestre. 

"Houve um ajuste legal, com dados dos EUA que não vieram bons, ao contrário do que o mercado esperava. Com isso, os investidores sentem que uma alta de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) volta a ficar distante, e o ajuste foi feito diante dessa nova expectativa", afirma Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora. 

Ele lembra também que a proximidade do Carnaval faz com que muitos investidores prefiram desfazer posições nessa época para não serem surpreendidos com uma nova situação na volta. "A preocupação dos estrangeiros de se resguardar aumenta a volatilidade no período", ressalta. 

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de 2.000 contratos de swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) por meio de sua atuação diária no câmbio. Foram vendidos 900 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.100 contratos para 1º de fevereiro de 2016, com volume correspondente a US$ 97,7 milhões. 

O BC também vendeu a oferta integral de até 13.000 contratos de swap para rolagem dos contratos que vencem em 2 de março, equivalentes a US$ 10,438 bilhões. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 54% do lote total.

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