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Fim do IPI reduzido impulsionou financiamento de carros em dezembro

BRASÍLIA, DF - A liberação de novos financiamentos para compra de veículos por pessoas físicas alcançou em dezembro do ano passado o maior valor desde dezembro de 2010. A concessão de R$ 10,1 bilhões foi influenciada, segundo o Banco Central, pelo fim do

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Publicado em 27.01.2015, 13:16:00 Editado em 27.04.2020, 20:03:35
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BRASÍLIA, DF - A liberação de novos financiamentos para compra de veículos por pessoas físicas alcançou em dezembro do ano passado o maior valor desde dezembro de 2010. A concessão de R$ 10,1 bilhões foi influenciada, segundo o Banco Central, pelo fim do benefício do IPI reduzido. 

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Em dezembro, as concessões subiram 24% em relação a novembro. No ano, no entanto, o avanço foi de apenas 2,6%. 

O estoque de financiamentos para veículos caiu 4,4% no ano. Segundo o BC, o dado reflete a antecipação da compra desses bens em anos anteriores. Em 2010, por exemplo, essa carteira avançou 49%. Em 2011, 27%. Desde 2013, entretanto, o saldo tem recuado. 

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Segundo o BC, a tendência é que a antecipação de compras para aproveitar o benefício (que ainda é oferecido por algumas montadoras) leve novamente a uma queda nas concessões nos próximos meses. 


IMÓVEIS 

Outro segmento que mostrou perda de ritmo em 2014 foi o crédito imobiliário, que cresceu 27%, ante 34% em 2013. "Essa tendência de moderação deve seguir em 2015", afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel. 

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Ele disse que, apesar do aumento das taxas de juros nessa modalidade pela Caixa, há outro fator que serve de incentivo para as concessões, que é a desaceleração no aumento do preço dos imóveis. 

"Talvez o mais importante nesse segmento seja o preço do imóvel em si. A tendência nos últimos anos é um crescimento cada vez menor do preço dos imóveis." 

Maciel também destacou a queda de 0,5% nas concessões do BNDES (banco estatal de investimento) em 2014. Em 2013, houve aumento de 23%. 

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IOF 

Para o BC, o aumento do IOF (imposto sobre operações financeiras) no crédito às pessoas físicas que começou a valer na semana passada deve ter impacto "modesto" sobre o comportamento do crédito neste ano. 

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Maciel afirmou que o aumento de 1,5% para 3,0% no tributo pesa mais para os empréstimos de curto prazo, uma vez que a cobrança se dá nos 12 primeiros meses da operação. "Isso fica mais diluído em concessões acima de 12 meses", afirmou. 

O BC prevê expansão de 12% no crédito total em 2015, acima dos 11,3% verificados em 2014. Embora a pesquisa atual de crédito da instituição considere o saldo a partir de 2007, Maciel afirmou que é possível comparar os dados com a pesquisa antiga. Nesse caso, é possível dizer que o crescimento do ano passado foi o menor desde 2003, quando o estoque de dívidas avançou 8,8%. 

Segundo o BC, em 2014, o crédito registrou desaceleração, em linha com o arrefecimento do ritmo de atividade econômica, que afetou, principalmente, a demanda por operações com recursos livres pelas empresas e famílias. 

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O crédito direcionado, por outro lado, também apresentou menor expansão, mas com desempenho ainda expressivo, impulsionado pela oferta de recursos para investimentos das pessoas jurídicas e pela sustentação do crédito imobiliário. 

"Nos últimos anos, o crédito tem mostrado moderação, e essa evolução é até certo ponto desejada, no sentido de que dá sustentabilidade para a continuidade de expansão do crédito", afirmou Maciel. 


BANCOS PÚBLICOS 

Maciel afirmou que o crescimento do crédito nos bancos públicos tem sido maior nos últimos anos por causa da participação deles nas modalidades com melhor desempenho, como o financiamento imobiliário e o crédito para investimento do BNDES. 

Isso deve se repetir em 2015, segundo o BC. O crédito nos bancos públicos deve avançar 14% neste ano, pouco abaixo dos 16,5% de 2014. 

Nos bancos privados nacionais, o ritmo deve passar de 6,4% para 9%. Nos estrangeiros que atuam no país, o BC prevê aceleração de 4,5% para 7%. 

Se esse cenário se confirmar, os bancos públicos continuarão a ganhar mercado em 2015. Eles encerraram o ano passado com uma fatia de 53,4% de participação no crédito.

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