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IBGE: indústria de SP demonstra 'acomodação'

A queda de 0,9% na produção industrial de São Paulo em maio ante abril, primeiro dado negativo após três meses de crescimento consecutivo ante o mês anterior, reflete uma "acomodação" e representou o principal impacto negativo para o resultado da indús

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 06.07.2010, 18:48:00 Editado em 27.04.2020, 21:00:04
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A queda de 0,9% na produção industrial de São Paulo em maio ante abril, primeiro dado negativo após três meses de crescimento consecutivo ante o mês anterior, reflete uma "acomodação" e representou o principal impacto negativo para o resultado da indústria nacional (0,0%) nesse confronto, segundo observou o técnico da coordenação de indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo. Segundo ele, mesmo sem a disponibilidade de dados setoriais abertos para a indústria regional ante o mês anterior, é provável que o recuo na produção paulista tenha sido puxado exatamente pelos principais impactos de queda no índice nacional, que foram refino de petróleo, farmacêuticos e alimentos. "Essas atividades mostraram recuos pontuais ante o mês anterior em maio e têm presença importante em São Paulo", explicou.

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Macedo argumenta que os dados comparativos a igual mês do ano anterior mostram uma queda da atividade de refino de petróleo e produção de álcool em São Paulo de 19,3%, o que confirma, segundo ele, a influência determinante que a paralisação numa empresa de refino teve na região no mês. Outro impacto significativo de queda ante igual mês do ano passado foi dado pela indústria farmacêutica (-14,8%). Nessa comparação, a indústria de São Paulo elevou a produção em 12,1%, abaixo da média nacional de 14,8%.

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Para o economista do IBGE, a situação desfavorável de São Paulo reflete "fatores pontuais". No entanto, ele admite que, enquanto a indústria nacional já opera em patamar de produção muito próximo ao último recorde, em março de 2010, a indústria paulista ainda está 3,7% abaixo do patamar recorde local, de junho de 2008. Segundo ele, a região está sendo prejudicada pelo seu ponto forte, que é a heterogeneidade de setores que compõem a produção local. Como há destaque regional tanto para os segmentos que puxaram a recuperação industrial no ano passado, como bens de consumo duráveis, quanto aqueles que ainda se encontram abaixo do patamar pré-crise, como bens de capital (máquinas e equipamentos), a indústria paulista prossegue em recuperação, mas lentamente.

O índice de média móvel trimestral na região, de acordo com Macedo, confirma o diagnóstico de acomodação, com variação zero no trimestre encerrado em maio ante o terminado em abril. No ano, a indústria paulista acumula alta de 16,5% e em 12 meses, de 3,3%. De modo geral, segundo Macedo, os dados regionais da indústria, que mostraram crescimento na produção em seis das 14 regiões pesquisadas em maio ante o mês anterior, "confirmam uma acomodação".

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