A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em alta de 2,31% nesta terça-feira (6), aos 62.271 pontos e o dólar comercial é negociado em queda de 0,79%, cotado a R$ 1,765 no mercado de câmbio.
Os comentários otimistas sobre a economia mundial feitos pelo Banco Central da Austrália após ter mantido estável em 4,5% ao ano a taxa básica de juros do país, puxando para cima os preços das commodities e das ações. O risco do dia é o índice ISM de atividade no setor de serviços de junho, que sai nos Estados Unidos. A previsão é de queda para 54,9, ante 55,4 em maio.
Segundo analistas internacionais, a queda das ações nas duas últimas semanas estimula um movimento de caça às pechinchas nas principais bolsas do mundo. A Bovespa é influenciada por essa recuperação, que deve impulsionar principalmente os papéis das empresas ligadas ao setor de commodities. Mas o volume financeiro no mercado de metais é fraco em função das férias de verão no Hemisfério Norte, o que tende a limitar os ganhos. O petróleo registrava valorização de mais de 1%.
No Brasil, os investidores vão acompanhar a votação programada para hoje no plenário da Câmara do projeto que cria o Fundo Social que vai receber recursos do pré-sal e o sistema de partilha para a produção petrolífera. O projeto carrega ainda a emenda apresentada pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS) que faz uma distribuição igualitária dos royalties entre Estados e municípios produtores e não produtores.
No setor corporativo, a novela da disputa pela Vivo pode render novos capítulos. Os 150 principais executivos da cúpula da Telefónica se reunirão hoje e amanhã, em Barcelona, para discutir a hipótese de uma OFA (Oferta pública de aquisição) pela participação de 50% da PT (Portugal Telecom) na Vivo. A nova alternativa vem sendo cogitada na Espanha como forma de superar rapidamente o impasse provocado pelo veto do governo português à venda das ações na Vivo.
O fortalecimento do euro ante o dólar e o iene fomenta o apetite ao risco dos investidores no exterior e deve contribuir para um enfraquecimento da moeda norte-americana em relação ao real nos negócios. Porém, o nível baixo da cotação do câmbio deve limitar maiores perdas do dólar, atraindo compras de ocasião da moeda.
Além disso, a aparente pausa na busca por ativos seguros pode se restabelecer após a divulgação do único indicador econômico dos Estados Unidos previsto para o dia, com forças para refutar ou confirmar a morosidade da recuperação em curso no país. Segundo operadores, o mercado de câmbio deve se manter volátil no curto prazo, flutuando conforme as incertezas que cercam a sustentabilidade da recuperação econômica.
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