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Acordo pode prejudicar exportação de carne bovina brasileira

PEQUIM, CHINA - China e Austrália anunciaram nesta segunda (17) a conclusão de um acordo de livre comércio que amplia as relações econômicas entre os dois países e poderá dificultar as exportações de carne bovina do Brasil para o mercado chinês.O acordo,

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Publicado em 17.11.2014, 16:09:00 Editado em 27.04.2020, 20:05:50
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PEQUIM, CHINA - China e Austrália anunciaram nesta segunda (17) a conclusão de um acordo de livre comércio que amplia as relações econômicas entre os dois países e poderá dificultar as exportações de carne bovina do Brasil para o mercado chinês.

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O acordo, que consumiu dez anos de negociação, derruba tarifas para a entrada de produtos australianos na China, e beneficia sobretudo o setor de carne bovina, vinho e derivados de leite. Os chineses, por sua vez, terão menos barreiras para investir em empresas na Austrália.

Uma declaração de intenções foi assinada em Canberra, capital da Austrália, durante a visita ao país do líder, Xi Jinping. O acordo final será selado no próximo ano.

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Ele prevê que 95% das exportações australianas para a China terão tarifa zero dentro de quatro a cinco anos. Em contrapartida, produtos chineses, como têxteis, também terão cortes de tarifas.

As autoridades australianas classificaram o acordo de "histórico", estimando que ele poderá acrescentar US$ 20 bilhões ao comércio bilateral. Em 2013, as trocas somaram entre os dois países totalizou US$ 150 bilhões. É o terceiro acordo semelhante assinado neste ano pela Austrália, depois de Japão e Coreia.

O premiê australiano, Tony Abbot, destacou os benefícios para o setor agrícola e comparou com o acordo de livre comércio entre China e Nova Zelândia, de 2008.

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"É pelo menos tão bom para a nossa agricultura como foi o da Nova Zelândia", disse Abbot. "Suas exportações de produtos lácteos cresceram de US$ 500 milhões para mais de US$ 3 bilhões".

O acordo que facilita as exportações da Austrália ocorre num momento em que o mercado chinês está prestes a ser reaberto para a carne bovina brasileira, depois de dois anos de embargo por causa de um caso atípico do mal da vaca loca.

Um novo protocolo sanitário foi finalizado no último sábado e o Brasil deve recomeçar as exportações para a China em janeiro, disse à reportagem o ministro da Agricultura, Neri Geller. Ele afirmou não estar preocupado com o acordo entre China e Austrália porque confia na capacidade de fornecimento do setor de carne bovina do Brasil.

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No ano passado, a Austrália respondeu por 52% da carne bovina importada pela China, de um total de US$ 1,3 bilhões. O acordo anunciado em Canberra coloca o produto australiano em vantagem para continuar dominando o mercado.

Segundo estimativa do serviço de notícias australiano "Beef Central", especializado no mercado de carne vermelha, o acordo tem o potencial de aumentar as exportações do país para a China em US$ 270 milhões anualmente.

Para a Austrália, ademais, foi uma forma de mostrar que pode aprofundar a relação econômica com seu principal parceiro comercial enquanto mantem a aliança política e de defesa com os Estados Unidos.

Em discurso no Parlamento australiano, Xi Jinping procurou afastar os temores de que ascensão da China é uma ameaça para a região.

"Nem turbulência nem guerra servem os interesses do povo chinês", disse Xi.

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