A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em queda nesta segunda-feira (27), reagindo ao resultado das eleições presidenciais da véspera, que mostraram a reeleição da presidente Dilma Rousseff, por uma margem apertada.
Às 14h35, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, caía 3,31%, a 50.219 pontos. Mais cedo, a bolsa chegou a cair mais de 6%.
Por volta do mesmo horário, as ações da Petrobras despencavam mais de 12%. As ações da Eletrobras também tinham queda acima desse patamar.
As ações do Banco do Brasil, por sua vez, caíam mais de 7%, após terem despencado 12% mais cedo.
Ações do setor imobiliário e dos bancos privados Itaú e Bradesco também apresentavam queda acentuada com a definição do próximo governo.
Uma das principais insatisfações de operadores e analistas vinha do que consideram como intervenção excessiva nas estatais que, em sua visão, deve persistir com a continuidade de Dilma no Palácio do Planalto.
"Se Dilma optar por um caminho diferente, pode conseguir acalmar o mercado. Caso insista em nomes que não são bem aceitos pelo mercado, teremos mais quatro anos extremamente ruins na economia. No primeiro momento, o mercado não irá dar o benefício da dúvida a ela", disse à Reuters o gestor de um fundo no Rio de Janeiro, pedindo para não ser identificado.
No caso de Petrobras, o UBS colocou a recomendação de "compra" e o preço-alvo de R$ 20 em revisão, citando incertezas relacionadas aos preços do petróleo e à taxa de câmbio, bem como ao cenário político.
A cotação do dólar também reage ao resultado das eleições. A moeda opera em alta nesta segunda, passando dos R$ 2,50.
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