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Bolsa desaba e dólar bate R$ 2,46 com recuperação de Dilma

SÃO PAULO, SP - O mau humor dos investidores predomina no mercado financeiro brasileiro nesta segunda-feira (29), após as pesquisas apontarem para a recuperação da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, na disputa eleitoral. Às 10h21, o I

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Bolsa desaba e dólar bate R$ 2,46 com recuperação de Dilma
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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.09.2014, 13:33:00 Editado em 27.04.2020, 20:08:07
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SÃO PAULO, SP - O mau humor dos investidores predomina no mercado financeiro brasileiro nesta segunda-feira (29), após as pesquisas apontarem para a recuperação da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, na disputa eleitoral.
Às 10h21, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, desabava 5,17%, aos 54.251 pontos. No mesmo horário, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, disparava 1,58%, a R$ 2,459, enquanto o dólar comercial, usado no comércio exterior, tinha alta de 1,94%, a R$ 2,463.
A pesquisa eleitoral divulgada na última sexta-feira (26) pelo instituto Datafolha que mostra Dilma à frente da candidata do PSB, Marina Silva, no segundo turno é apontada por analistas como a principal causa para o mau humor dos investidores nesta segunda-feira.
No primeiro turno, de acordo com o Datafolha, a candidata petista teria 40% dos votos totais, 13 pontos à frente de Marina, que alcança 27%. Na pesquisa anterior, a dianteira de Dilma era de 7 pontos.
No segundo turno mais provável, Dilma aparece com 47%, contra 43% de Marina, na primeira vez que a presidente surgiu numericamente à frente da pessebista nesse tipo de simulação. Na semana anterior, o placar era 46% a 44% para Marina. No fim de agosto, a ex-ministra do Meio Ambiente tinha dez pontos de vantagem sobre Dilma (50% a 40%).
Os papéis das estatais são os mais sensíveis à atual disputa eleitoral. Isso porque parte dos investidores acredita que uma vitória da oposição significaria uma diminuição na intervenção do governo na empresa. Logo, quando Dilma cai nas pesquisas, os papeis da companhia se valorizam.
Como resultado, as ações da Petrobras desabam quase 10% nesta segunda-feira. Às 10h30, os papéis ordinários, com direito a voto, perdiam 9,13%, a R$ 18,01. Já os preferenciais, mais negociados, tinham forte desvalorização de 9,31%, a R$ 18,99.
Às 10h54, os papéis do Banco do Brasil despencavam 7,94%, a R$ 27,47, enquanto as ações preferenciais da Eletrobras perdiam 2,36%, a R$ 10,30, e as ordinárias, 4,09%, a R$ 7,03, no mesmo horário.
No mercado doméstico, a nova pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central com economistas, mostrou elevação projeção de alta da inflação oficial do país, o IPCA, para 6,31% este ano. A previsão anterior era de 6,30%.
O Focus mostrou ainda que a trajetória de redução nas estimativas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano continuou pela 18ª semana seguida, indo de 0,30% a 0,29%. A estimativa de expansão da atividade permaneceu em 1,01% para o próximo ano.
Os investidores também analisam as notícias sobre a troca de comando da Usiminas. Na semana passada, a siderúrgica anunciou a destituição do presidente da companhia, Julián Eguren, em meio a um conflito entre os acionistas Ternium e Nippon Steel.
Em relatório, a Magliano Corretora diz que analistas que acompanham o papel esperam que a empresa convoque novas eleições em breve, mas destacaram que o evento foi inesperado e trouxe ainda mais incerteza ao cenário que já é negativo para a companhia.
"Os profissionais avaliam que a retração de demanda por aço no mercado interno e a queda do preço do minério de ferro, que colocou em xeque os planos de verticalização da empresa, já eram suficientes para pressionar as suas ações. Agora, o conflito entre os acionistas e a dúvida sobre quem será o novo líder da empresa colocam ainda mais pressão sobre a companhia", afirma a corretora.
Às 11h42, os papéis ordinários da Usiminas caíam 5,18%, a R$ 6,95, enquanto os preferenciais tinham baixa de 4,91%, a R$ 6,77.
DÓLAR
O Banco Central deu continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio nesta sessão, vendendo os 4.000 contratos de swap cambial - equivalente à venda futura de dólares.
Foram vendidos 1.700 contratos com vencimento para 1º de junho e 2.300 para 1º de setembro de 2015, com volume equivalente a US$ 197,5 milhões.
O BC também fará nesta sessão mais um leilão para rolar swaps que vencem em 1º de outubro, com oferta de até 15 mil contratos. Até agora, o BC rolou cerca de 75% do lote total, que corresponde a US$ 6,677 bilhões.
Se vender a oferta total de swaps no leilão de rolagem desta sessão, o BC terá rolado praticamente do lote para outubro.

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