MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Criança faz xixi em loja e mãe é obrigada a limpar tapete

O consumidor entra numa loja e sem querer esbarra numa das prateleiras e, pronto, uma peça cai e quebra no chão. Nesta hora, além do constrangimento, a pessoa ainda fica na dúvida se a loja vai ou não cobrar pelo prejuízo.   No caso da empresária M

Da Redação

·
 Empresária Maria José Quinteiro Madeira Lemos, 36 anos, que limpou o tapete com as filhas Manuella, 2 anos e Amanda, 9 anos
Icone Camera Foto por Divulgação
Empresária Maria José Quinteiro Madeira Lemos, 36 anos, que limpou o tapete com as filhas Manuella, 2 anos e Amanda, 9 anos
Escrito por Da Redação
Publicado em 25.06.2010, 15:11:00 Editado em 27.04.2020, 21:00:29
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

O consumidor entra numa loja e sem querer esbarra numa das prateleiras e, pronto, uma peça cai e quebra no chão. Nesta hora, além do constrangimento, a pessoa ainda fica na dúvida se a loja vai ou não cobrar pelo prejuízo.

continua após publicidade

No caso da empresária Maria José Quinteiro Madeira Lemos, de 36 anos, ela não chegou a quebrar um produto, mas passou por uma situação absurda no último sábado, dia 19, quando foi fazer compras na loja de departamentos Riachuelo, em um shopping de Vila Velha.

Ela estava com as duas filhas - Manuella, 2, e Amanda, 9 -, uma amiga e a avó das meninas. Por um momento, a cliente colocou a filha menor em cima de uma pilha de tapetes, que estava ao lado das roupas infantis e, por acidente, um pouco do xixi da fralda da criança vazou, molhando um dos produtos. Constrangida, Maria José se viu numa situação inesperada: acabou com um pano e um tira-manchas nas mãos, "forçada" a limpar o tapete.

continua após publicidade

Tudo aconteceu diante das filhas, de clientes e funcionários da loja, que pararam para observar o fato. O episódio foi filmado e pode ser acessado no Gazeta Online. "Minha filha estava cansada e não havia nenhuma estrutura física para crianças. Passei muita vergonha. O funcionário me abordou e falou alto. Ele estava alterado", conta.

Maria José, que mora em Guarapari, se recusou a comprar o tapete, e disse que o produto poderia ser lavado. Nesse momento, o funcionário pediu para que a auxiliar de limpeza da Riachuelo providenciasse materiais para que a própria cliente limpasse o acessório.

No vídeo, a responsável pela limpeza da loja fica o tempo todo ao lado da consumidora, somente observando. "Limpei porque não queria confusão por causa das minhas filhas. Depois tentei me afastar, mas ele me seguiu e continuou falando", diz, revoltada. Maria José ainda efetuou uma compra no valor de R$ 1.200. "Minhas filhas chegariam em casa sem as roupas e eu não poderia ir a outra loja", lamenta.

continua após publicidade


Outro lado

A assessoria de imprensa da Riachuelo informa que entrou em contato com o marido da empresária, Leandro Márcio Lemos, porque ele é o titular do Cartão Riachuelo. A empresa afirma que "está tomando todas as devidas providências junto à cliente Maria José com o intuito de sanar a situação". A loja não deu detalhes sobre quais seriam tais providências. Maria José confirmou a ligação do representante da loja para o marido, mas disse que nada havia sido resolvido. "Se desculparam pelo ocorrido, mas Leandro falou que a loja deveria entrar em contato comigo, porque eu fui a vítima. Mas não recebi nenhuma ligação", afirma.

Estabelecimento deveria arcar com dano, diz Procon

continua após publicidade


Se o consumidor quebra ou danifica um produto por acidente dentro de uma loja, não deverá arcar com o prejuízo. O alerta é do Procon Estadual.

Segundo a diretora jurídica do órgão, Lorena Tamanini, quando um estabelecimento é aberto, o proprietário deve estar ciente que acidentes podem ocorrer dentro do local, portanto, o consumidor não pode ser obrigado a pagar pelo produto e muito menos ser constrangido para resolver o problema.

Sobre a situação vivida pela empresária na Riachuelo, a advogada e professora de Direito do Consumidor, Cláudia Amorim, alega que ocorreu prática abusiva de consumo. "Está claro no Código de Defesa do Consumidor, nos artigos 14 e 39, por exemplo, que o cliente não pode ser humilhado. O fato dela ter comprado na loja estabelece a relação de consumo", explica a advogada.

Além disso, pesa o fato de que não havia placas sinalizando que a criança não poderia permanecer no local. "Não havia nenhuma informação que inviabilizasse a criança de ficar naquele ambiente. Também foi absurdo o funcionário pedir para que a auxiliar de limpeza da loja buscasse o material para que a própria cliente limpasse", destaca Cláudia Amorim.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Criança faz xixi em loja e mãe é obrigada a limpar tapete"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!