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Bancários podem entrar em nova greve a partir do dia 30 deste mês

Os bancários de todo o país podem entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 30 de setembro. No ano passado, a greve dos bancários durou 23 dias e terminou no dia 10 de outubro. Assembleias em todos os estados estão convocadas a partir desta

Da Redação

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Bradesco de Apucarana durante a greve dos bancários em 2013: nova paralisação pode ocorrer
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Bradesco de Apucarana durante a greve dos bancários em 2013: nova paralisação pode ocorrer
Escrito por Da Redação
Publicado em 23.09.2014, 08:41:00 Editado em 27.04.2020, 20:08:34
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Os bancários de todo o país podem entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 30 de setembro. No ano passado, a greve dos bancários durou 23 dias e terminou no dia 10 de outubro. Assembleias em todos os estados estão convocadas a partir desta semana. Em Apucarana e região, os trabalhadores sindicalizados devem se reunir na nesta semana na sede do Sindicato dos Bancários.

Em pauta, avaliação da contraproposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no dia 19 de setembro e deliberação sobre paralisação das atividades por prazo indeterminado a partir de 30 de setembro. A entidade patronal ofereceu 7% de reajuste na data-base, 1º de setembro, e 7,5% para os pisos.

Os bancários querem reajuste de 12,5%, valorização dos pisos salariais: R$ 2.979,25 (salário mínimo do Dieese) para caixas e escriturários, R$ 5.064,73 para primeiro comissionado e R$ 6.703,31 para primeiro gerente. Além de PLR de três salários mais R$ 6.247,00.

O Comando Nacional dos Bancários também considerou insuficientes as propostas para as reivindicações não econômicas da categoria, apresentadas pela Fenaban no dia 17, em São Paulo, na sexta rodada de negociações da Campanha 2014.

“Embora contenha alguns pontos positivos, as propostas estão muito aquém das expectativas dos bancários, porque desprezam algumas das mais importantes reivindicações, como garantias de preservação do emprego e medidas para melhorar as condições de trabalho, a segurança e a igualdade de oportunidades”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional. “Não há como fechar um acordo sem solução para os problemas da categoria, principalmente as metas abusivas e a rotatividade.”

As propostas não econômicas dos bancos

> Certificação CPA 10 e CPA 20 – Quando exigido pelos bancos, os trabalhadores terão reembolso do custo da prova em caso de aprovação.

> Adiantamento de 13º salário para os afastados. Quando o bancário estiver recebendo complementação salarial, terá também direito ao adiantamento do 13º salário, a exemplo dos demais empregados.

> Reabilitação profissional – Cada banco fará a discussão sobre o programa de retorno ao trabalho com o movimento sindical.

> Monitoramento de resultados – Terá redação mais abrangente. Além do SMS, a cobrança de resultados passará a ser proibida também por qualquer outro tipo de aparelho ou plataforma digital.

> Gestantes – As bancárias demitidas que comprovarem estar grávidas no período do aviso prévio serão readmitidas automaticamente.

> Casais homoafetivos – Os bancos irão divulgar a cláusula de extensão dos direitos aos casais homoafetivos, informando que a opção deve ser feita diretamente com a área de RH de cada banco, e não mais com o gestor imediato, para evitar constrangimentos e discriminações.

> Novas tecnologias – Realização de seminários periódicos para discutir sobre tendências de novas tecnologias.

> Segurança bancária – Realização de mais dois projetos-piloto de segurança em cidades diferentes, uma a ser escolhida pelo Comando Nacional e outra pela Fenaban, nos mesmos moldes da experiência desenvolvida em Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes.

As reivindicações não acatadas pelos bancos, segundo os trabalhadores:

> Fim das metas abusivas – “Não há como fechar um acordo sem solução para o problema das metas abusivas”, reitera Carlos Cordeiro.

> Emprego – O Comando insistiu na necessidade de mais contratações, na adoção de medidas para preservar o emprego, como a proibição de demissões imotivadas (Convenção 158 da OIT),e o fim da rotatividade e das terceirizações.

> Segurança – Os bancários querem estender a todo o país as medidas de segurança testadas e aprovadas no projeto-piloto de Recife, Olinda e Jaboatão. Para o Comando, a proposta de criar novos projetos-pilotos só deve ser implementada com mais medidas de segurança, buscando testar outros equipamentos. “Queremos continuar salvando vidas”, disse o presidente da Contraf-CUT.

> Igualdade – O Comando refirmou a necessidade de instituir mecanismos para acabar com a diferença salarial entre homens e mulheres, como demonstrou o II Censo da Diversidade. Uma dessas medidas deve ser a implementação de PCS em todos os bancos. Mas a Fenaban diz que PCS é um problema de cada banco e se recusa a incluir o tema na Convenção Coletiva.

> PCMSO – Instituir avaliação da qualidade dos exames médicos de retorno, de mudança de função e periódico. Os bancos disseram que o assunto deve ser debatido na mesa temática sobre saúde do trabalhador.

> Ampliação da cesta-alimentação para afastados.

> Fim da revalidação de atestados médicos. A Fenaban alega que pode ser feito pelos médicos do trabalho de cada banco e que não tem acordo.

> Pausas e revezamentos no auto-atendimento. Após pressão do Comando, os bancos ficaram de rediscutir a concessão de rodízio para quem trabalha no auto-atendimento.


Informações da Banda B

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