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Dólar volta a subir e acumula alta de 2% em duas sessões

O dólar deu nesta terça-feira, 9, continuidade ao movimento de ontem e fechou em alta no balcão, no maior patamar desde o dia 7 de agosto (R$ 2,2970), assim como também tiveram aumento as taxas de juros futuros. Em dois dias a moeda teve ganho de 2,01% an

Da Redação

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Dólar volta a subir e acumula alta de 2% em duas sessões
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Publicado em 09.09.2014, 17:10:01 Editado em 27.04.2020, 20:09:17
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O dólar deu nesta terça-feira, 9, continuidade ao movimento de ontem e fechou em alta no balcão, no maior patamar desde o dia 7 de agosto (R$ 2,2970), assim como também tiveram aumento as taxas de juros futuros. Em dois dias a moeda teve ganho de 2,01% ante o real. A pressão sobre o câmbio veio de várias frentes, com destaque para a tendência de valorização externa, a apreensão com o cenário eleitoral brasileiro e a decisão da Moody's de rebaixar a perspectiva da nota soberana do Brasil.

Assim como na sessão anterior, o dólar passou o dia em alta ante o real, oscilando da mínima de R$ 2,2730 (+0,31%) à máxima de R$ 2,2910 (+1,10%), no balcão. Fechou com valorização de 0,97%, a R$ 2,2880. O volume financeiro somou US$ 1,027 bilhão, sendo US$ 1,020 bilhão em D+2. No segmento futuro, o dólar para outubro era negociado em R$ 2,301 (+0,83%), por volta das 16h30. Segundo fontes nas mesas de câmbio, chama a atenção a forte ampliação de posições compradas de investidores estrangeiros no mercado futuro. Operadores afirmaram, ainda, que houve fluxo de entrada de exportadores, o que ajudou a limitar o avanço da moeda no segmento à vista.

A forte demanda por dólares nesta terça-feira encontrou respaldo tanto no comportamento do mercado externo, onde a moeda subiu ante o euro e iene e também em relação às divisas de mercados emergentes, quanto no noticiário local. Pela manhã, a pesquisa CNT/MDA mostrou as candidatas à Presidência Marina Silva (PSB) e Dilma Rousseff (PT) empatadas tecnicamente em uma simulação de segundo turno, com 45,5% e 42,7%, respectivamente. Para o primeiro turno, a pesquisa apontou que Dilma obteve 38,1% das intenções de voto e Marina, 33,5%. Em relação à sondagem passada, a diferença entre as duas caiu, já que Dilma tinha no primeiro turno 34,2%, e Marina, 28,2%. O diretor do MDA, Marcelo Souza, afirmou que não enxerga mais uma tendência de crescimento nas intenções de voto da candidata do PSB.

O mercado já tinha antecipado esse quadro na sessão de ontem, mas, mesmo assim, reagiu negativamente aos números. Agora, os investidores aguardam os dados do Datafolha previstos para ainda hoje.

Mal o investidor tinha absorvido os dados da CNT/MDA, o dólar acelerou os ganhos ante o real com o anúncio da Moody's, de revisão da perspectiva da nota soberana BAA2 do Brasil, de estável para negativa. Como argumento, a agência citou a redução "sustentada" no crescimento econômico, a deterioração "acentuada" no sentimento do investidor e os desafios fiscais.

Lá fora, o principal vetor de alta do dólar continua sendo a expectativa de que o Federal Reserve poderá antecipar o aumento da taxa dos Fed Funds, reforçada pela divulgação, ontem, de um estudo do Fed de São Francisco. De acordo com o documento, o mercado estaria mais dovish com relação à política monetária nos EUA do que os próprios membros da instituição. Esta avaliação também ajuda a pressionar a taxa dos Treasuries. Às 16h39, o rendimento das T-Notes de dez anos estava em 2,495%, ante 2,471% no final da tarde de ontem.

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