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Diretoria do IBGE assina com sindicato acordo para o fim da greve

RIO DE JANEIRO, RJ - A direção do IBGE assinou, na manhã desta quarta-feira (13), acordo com o sindicato da categoria que pôs fim à greve de 78 dias.Não houve decisão, contudo, sobre a questão do desligamento de 189 trabalhadores temporários que aderiram

Da Redação

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 Os servidores do instituto chegaram a ficar acampados em frente à sede no centro da cidade.
Icone Camera Foto por Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Os servidores do instituto chegaram a ficar acampados em frente à sede no centro da cidade.
Escrito por Da Redação
Publicado em 13.08.2014, 14:10:00 Editado em 27.04.2020, 20:10:38
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RIO DE JANEIRO, RJ - A direção do IBGE assinou, na manhã desta quarta-feira (13), acordo com o sindicato da categoria que pôs fim à greve de 78 dias.

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Não houve decisão, contudo, sobre a questão do desligamento de 189 trabalhadores temporários que aderiram à greve. Segundo o diretor-executivo do IBGE, Fernando Abrantes, como a questão dos temporários está na Justiça, ficou acertado que isso não seria mexido por enquanto. Além disso, explicou, o IBGE entende que os temporários descumpriram contratos e, por isso, não tiveram seus períodos renovados.

"Não houve desligamento de temporários. O IBGE apenas não renovou os contratos", explicou ele, em entrevista na sede do instituto, no centro do Rio, no início da tarde desta quarta. Os temporários podem prestar serviços por até três anos no instituto, mas seus contratos são renovados a cada três meses.

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O instituto fará uma avaliação dos trabalhos que ficaram atrasados por conta da greve. Abrantes disse não poder confirmar neste momento se a próxima pesquisa de emprego, referente a julho e a ser divulgada na próxima quinta, já estará com os dados atualizados.

Por conta de problemas na análise dos dados coletados nas regiões de Salvador e Porto Alegre, a PME (Pesquisa Mensal de Emprego), de maio e junho, foram divulgadas incompletas. A Pnad Contínua (Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios) teve coleta afetada.

Conforme foi antecipado na noite de terça-feira (12), ficou acertado que os dias parados serão repostos e as faltas descontadas serão pagas pelos instituto na próxima folha de pagamento. Os funcionários terão que fazer um mínimo de 20 horas extras por semana para repor os dias parados.

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Também foi decidida a criação de dois grupos de trabalho, um para elaborar um estudo para que os salários dos funcionários efetivos do IBGE sejam equiparados aos de outros órgãos públicos, como Ipea ou Banco Central, e outro para buscar o equilíbrio na relação entre funcionários concursados e temporários. As propostas dos grupos de trabalho serão formuladas até o final do ano e apresentadas ao próximo governo.


REIVINDICAÇÕES

Desde o início da greve, a categoria reivindicava principalmente equiparação salarial aos servidores de outros órgãos, como o Ipea. Mas o Ministério do Planejamento, ao qual o IBGE é vinculado, diz que não há possibilidade de mudanças salariais neste ano, citando que ainda está sob vigência um acordo até 2015 com a categoria.

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Na greve de 2012, que durou dois meses, ficou acertado um reajuste de 15%, escalonado em três anos.

No nível médio, o salário-base do instituto é R$ 3.160. O sindicato afirma que, no Ipea, a remuneração no mesmo nível é 69% maior, considerando salário-base inicial, sem gratificações por qualificação ou tempo de serviço.

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Já nos cargos de nível superior, o salário-base é R$ 4.145,23, e o sindicato calcula que, no Ipea, a remuneração seja 69% superior. Nessa categoria, o salário pode chegar a R$ 8.949,03 (doutorado), sem contar adicionais por tempo de serviço e cargos comissionados.

De novembro de 2012, quando o Congresso aprovou o acordo com 24 categorias (inclusive o IBGE) para o reajuste de 15,8% parcelado em três anos, até maio deste ano o reajuste foi de 10,1%, segundo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).


ACORDOS

Em reunião na última quarta (6), os trabalhadores e o IBGE firmaram acordos que abriram espaço para o fim da greve.

O primeiro prevê a criação de um grupo de trabalho paritário para criar uma proposta até o fim do ano para reformulação da carreira dos funcionários do instituto, com o objetivo de atingir a equiparação salarial com outros órgãos.

O segundo acordo criou um outro grupo para estudar as tarefas realizadas pelos trabalhadores temporários e definir uma proposta a fim de melhorar a "proporcionalidade" entre trabalhadores efetivos e contratados por períodos.

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