O dólar terminou a sessão desta terça-feira, 6, em queda, pressionado pelo declínio ante outras divisas no exterior, expectativa sobre uma pesquisa eleitoral e pela entrada de recursos no mercado. O declínio da moeda, somado a sinais de desaceleração da inflação e a especulações sobre o cenário eleitoral, pressionou as taxas de juros, que fecharam em baixa também.
No fim da sessão, o dólar à vista no balcão terminou o pregão com queda de 0,89%, a R$ 2,2270. O giro, no entanto, era bastante baixo perto das 16h30, a US$ 967,24 milhões, segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa. No mercado futuro, o dólar para junho caía 0,84%, a R$ 2,2435. O volume de negócios também estava abaixo do normal, próximo de US$ 11 bilhões.
O dólar iniciou o dia em queda ante o real, em sintonia com o declínio em relação a outras divisas emergentes, que foram beneficiadas pela valorização nos últimos dois dias da moeda da China, o yuan. A decisão do Banco Central da Austrália de manter inalterado o juro na mínima histórica de 2,5% ao ano e o déficit comercial dos EUA em março acima do esperado também contribuíram para a valorização dessas moedas. O déficit comercial totalizou US$ 40,38 bilhões, melhor que o nível do mês anterior, mas um pouco acima da previsão, de US$ 40,2 bilhões.
Os leilões de swap cambiais realizados pelo Banco Central durante a manhã também exerceram pressão de baixa no dólar. A instituição vendeu 4 mil swaps cambiais no valor total de US$ 198,5 milhões no leilão tradicional programado e outros 5.000 contratos de swap cambial para 01/04/2015 (US$ 247,7 milhões) em uma operação de rolagem separada.
Além disso, analistas citaram que anúncios de emissões externas por empresas brasileiras alimentaram expectativas de entrada de recursos no mercado. A Caixa Econômica Federal emitiu US$ 1,3 bilhão em bônus de cinco anos oferecendo retorno equivalente ao Treasury mais prêmio de 265 pontos-base, informam fontes do mercado.
As expectativas em torno dos resultados de uma pesquisa eleitoral Datafolha, que deverá ser divulgada até o fim da semana, também foram citadas como uma das razões para o fraco desempenho do dólar. O mercado prevê que o levantamento mostrará que as eleições presidenciais terão um segundo turno, como foi apontado pela sondagem do Sensus no último sábado.
Escrito por Da Redação
Publicado em 06.05.2014, 17:21:02 Editado em 27.04.2020, 20:15:09
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