RIO DE JANEIRO, RJ, 7 de fevereiro (Folhapress) - Apesar da freada da inflação em janeiro, os alimentos praticamente não mostraram desaceleração e são um foco de novos possíveis aumentos diante do clima seco e quente ao menos nas duas próximas semanas.
Esse cenário que perdura nos mais importantes centros consumidores, como Rio e São Paulo, levou a fortes altas de produtos como cenoura (20,72%), cebola (16,11%), hortaliça e verdura (6,01%).
Para Eulina Nunes dos Santos, coordenadora do IBGE, o clima pressionou os alimentos, inclusive as carnes e criou uma "entressafra" atípica para os bovinos.
Com a estiagem, o pasto secou e o gado também come menos com o calor em excessivo. Resultado: alta de 3,07% das carnes, item de maior peso no grupo alimentação cuja alta de janeiro de 0,84% quase igualou o 0,89% de dezembro.
O dólar mais alto também puxou os preços das rações animais outro foco de pressão para as carnes e de produtos cotados na moeda americana, como trigo e milho.
Nessa esteira do câmbio, subiram itens como pão francês (1,01%), biscoito (1,15%) e ovos (1,60%).
Principal responsável pelo recuo do IPCA em janeiro 0,55, contra 0,92%o grupo transportes pode vir pressionado pelos novos aumentos do etanol diante da entressafra da cana e do reajuste de passagens de ônibus em algumas capitais, como o Rio, que já reajustou a tarifa.
Outro grupo que tende a acelerar é o de educação, pois os aumentos das mensalidades escolares se concentram em fevereiro.
O grupo teve alta de 0,57% em janeiro devido ao aumento dos colégios em Porto Alegre, onde as escolas se antecipam e corrigem as mensalidades em dezembro.
Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) avançou, na primeira apuração de junho, 0,85% - (Arquivo: Tribuna do Norte)
Escrito por Da Redação
Publicado em 07.02.2014, 13:40:00 Editado em 27.04.2020, 20:19:04
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