Sobrou para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a decisão de aprovar ou não a medida enviada pela Câmara dos Deputados que concede reajuste de 7,7% aos aposentados e pensionistas da Previdência Social e que acaba com o fator previdenciário.
As medidas ainda precisam passar pelo Senado antes de seguirem para a avaliação do presidente. Para a líder do Congresso Nacional, Ideli Salvatti (PT-SC), é delicada a situação dos senadores de fazer qualquer alteração na matéria.
Na avaliação do governo, um aumento de 7,7% nos salários dos aposentados que recebem acima de um salário mínimo (R$ 510) pode aumentar em em R$ 1,8 bilhão o gasto da Previdência neste ano, além dos R$ 3 bi para o reajuste de 6,14%.
Ela lembra que, há três anos, o Senado aprovou o projeto de lei do petista Paulo Paim (PT-RS) que extinguia o fator previdenciário. Ontem, por emenda, esse tema foi incluído na medida provisória e aprovado pelos deputados.
- A situação é delicada para o Senado porque a Casa já aprovou o projeto do Paim. Isso torna ainda mais complicada qualquer mudança.
A senadora não descarta, no entanto, que a Casa apresente emendas com percentuais ainda maiores de reajuste. Se isso ocorrer e a emenda for aprovada pela Casa, a medida provisória retornaria à Câmara antes de seguir para Lula.
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