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Petroleiras põem Brasil em segundo plano

Embora detenha as maiores descobertas de petróleo e gás dos últimos anos, como os campos de Libra e Lula, o Brasil não é visto como estratégico para o crescimento de gigantes privadas como ExxonMobil, British Petroleum (BP), Chevron e Eni, que decidiram

Da Redação

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 Petroleiras põem Brasil em segundo plano - Foto: diariodopresal.wordpress.com
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Petroleiras põem Brasil em segundo plano - Foto: diariodopresal.wordpress.com
Escrito por Da Redação
Publicado em 22.09.2013, 11:08:02 Editado em 27.04.2020, 20:24:27
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Embora detenha as maiores descobertas de petróleo e gás dos últimos anos, como os campos de Libra e Lula, o Brasil não é visto como estratégico para o crescimento de gigantes privadas como ExxonMobil, British Petroleum (BP), Chevron e Eni, que decidiram ficar de fora do primeiro leilão para exploração da região do pré-sal.

Levantamento nos planos estratégicos das quatro empresas - todas do rol das 15 maiores petrolíferas do mundo, por seu valor de mercado, ranqueadas pela consultoria internacional PFC Energy, com base em informações de seus sites - mostra que o Brasil não está nas rotas principais de seus investimentos. No lugar, estão áreas no Golfo do México (EUA), Canadá, África Ocidental, China, Austrália, Rússia e na região do Ártico.

Na quinta-feira, o governo federal foi surpreendido pelo baixo número de inscritos para o primeiro leilão do pré-sal, do prospecto de Libra. Inicialmente, esperava-se que 40 empresas se habilitassem, mas só 11 se inscreveram. Chamou a atenção a ausência da ExxonMobil, maior petrolífera do mundo, da Chevron, a quarta maior, da BP, a sétima, e da British Gas (BG), parceira da Petrobrás no campo de Lula, do pré-sal.

Segundo especialistas do setor, por trás dessa competição geográfica estão fatores como o longo hiato no processo de licitações para áreas de exploração no País, enquanto o novo contrato de partilha do setor era discutido; as dúvidas do setor privado em relação às novas regras para o pré-sal; e as mudanças provocadas pela exploração do gás de folhelho, chamado em inglês de "shale gas", às vezes traduzido como "gás de xisto" e também conhecido como "gás não convencional".

Competição. Ao analisar a decisão, analistas do Credit Suisse disseram que o baixo interesse por Libra pode estar ligado à competição com oportunidades em outros países. "O (pré-sal do) Brasil encara uma competição com outras geografias em termos de recursos, tais como a África Ocidental, o Golfo do México e as reservas de shale (fonte não convencional) nos Estados Unidos", afirmaram os analistas Vinicius Canheu e André Sobreira, em relatório.

"O governo tirou o Brasil da rota dos investimentos do setor de petróleo e gás", disse o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, referindo-se aos cinco anos sem leilões no Brasil. Ele criticou a "participação excessiva da Petrobrás" - que deterá 30% do consórcio vencedor do leilão de Libra.

Isso revelaria que a recusa das grandes empresas de participarem do leilão de Libra não foi casual e não pode ser atribuída apenas ao elevado valor de bônus de assinatura da licitação, fixado em R$ 15 bilhões pelo governo.

Curiosamente, a Argentina, que assustou investidores com medidas como a reestatização da YPF, em 2012, é citada por ExxonMobil e Chevron como um país com boas oportunidades. Atualmente, a presidente Cristina Kirchner promove uma reforma na indústria de petróleo e gás para atrair novos investimentos, sobretudo para tornar viável a exploração do "shale gas". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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