A diretoria do Banco Central Europeu (BCE) viajará esta semana para Lisboa para uma reunião que certamente será dominada pela crise na Grécia e o medo de que ela possa se espalhar para outros países da zona do euro com déficits excessivos.
A escolha de Portugal para a reunião do BCE foi feita há mais de um ano atrás, meses antes de a crise da Grécia ter estourado e o banco central e outras autoridades da União Europeia terem feito esforços desesperados para garantir os fundamentos do euro.
Os ministros das Finanças da zona do euro aprovaram um pacote de resgate para a Grécia neste domingo no valor de € 110 bilhões ou US$ 146 bilhões, em retorno a um corte rigoroso nos gastos por parte do governo grego, mas o BCE advertiu que Atenas poderá ter de apertar ainda mais o cinto nos próximos anos.
Portugal agora está na linha de frente, principalmente depois que os mercados precificaram o país como o próximo na zona do euro a enfrentar problemas de financiamento de dívida. Isso dentro de um cenário em que a taxa de juros da zona da região foi mantida em recorde de baixa de 1% durante todo o último ano e as enormes medidas de suporte monetário adotadas para enfrentar a pior crise da zona do euro. "Comentários sobre a política econômica e sobre o futuro da economia provavelmente serão de menor interesse", afirmou o analista do UniCredit Nikolaus Keis.
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