MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Bolsa cai 2,6% com possível operação militar contra Síria; Petróleo sobe

SÃO PAULO, SP, 27 de agosto (Folhapress) - O dia foi de queda generalizada nas Bolsas de Valores do mundo inteiro em meio a uma possível ação militar dos Estados Unidos contra o governo da Síria, motivada por um suposto ataque com armas químicas que te

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 27.08.2013, 18:25:00 Editado em 27.04.2020, 20:25:33
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade





SÃO PAULO, SP, 27 de agosto (Folhapress) - O dia foi de queda generalizada nas Bolsas de Valores do mundo inteiro em meio a uma possível ação militar dos Estados Unidos contra o governo da Síria, motivada por um suposto ataque com armas químicas que teria ocorrido na semana passada.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, intensificou a baixa na última hora de negócios e fechou com perda de 2,6%, a 50.091 pontos. Foi maior queda diária do índice desde 2 de julho, quando se desvalorizou 4,24%.

O clima de cautela nos mercados aumentou depois que o secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, disse que o país está pronto caso o presidente Barack Obama ordene uma intervenção militar na Síria.

"Um possível ataque dos aliados dos Estados Unidos contra o governo sírio é uma expectativa a mais no mercado, que já vem sofrendo com as indefinições sobre o estímulo econômico americano", diz Julio Hegedus, economista-chefe da consultoria Lopes Filho.

A Síria não é o principal produtor de petróleo do mundo, mas está situado próximo ao canal de Suez, que liga Porto Said, porto egípcio no Mar Mediterrâneo, a Suez, no Mar Vermelho. Essa é a rota por onde boa parte do petróleo mundial passa.

O temor é que o possível conflito na região possa afetar, além da produção síria de petróleo, o escoamento da produção de outros grandes produtores, como a Arábia Saudita e o Irã.

Nesse cenário, o principal contrato do barril de petróleo negociado na Bolsa de Nova York teve alta de 2,95% hoje, para US$ 109,01 -maior valor em 18 meses. Já o barril de petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, subiu 3,56%, a US$ 114,29.

"A alta do petróleo no exterior tem efeito negativo sobre a Petrobras, que importa derivados, como a gasolina, e vende por um preço menor no Brasil", diz Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora.

A ação preferencial (mais negociada e sem direito a voto) da estatal caiu 4,07% hoje, para R$ 17,45. Já os papéis ordinários (com dereito a voto) cederam 3,33%, a R$ 16,57. No ano, as perdas são de 10,6% e 15,2%, respectivamente. Juntas, as duas ações da Petrobras representam cerca de 11% do Ibovespa.

"A questão do petróleo e o conflito na Síria ofuscou a expectativa pela reunião do Copom [Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil], que teve início hoje e dura até amanhã", diz Paulo Gala, estrategista da Fator Corretora.

O consenso do mercado é que a autoridade monetária brasileira vai subir o juro básico (a Selic) de 8,5% para 9% ao ano. O comunicado que acompanha a decisão sobre a Selic pode indicar até quando o ciclo de aumento no juro básico vai durar, por isso, merece atenção, segundo especialistas.

Dólar

Apesar de o clima de cautela ter feito muitos investidores correrem para aplicações consideradas mais seguras, como o câmbio, o dólar comercial -utilizado no comércio exterior- inverteu na última hora de negócios a alta vista ao longo de quase todo o dia e fechou em queda de 0,67% em relação ao real, a R$ 2,368.

O movimento, segundo operadores de câmbio, refletiu operações pontuais do mercado.

Já o dólar à vista, referência para as negociações no mercado financeiro, fechou o dia em alta de 0,36%, a R$ 2,395.

Vale ressaltar que ambas as cotações do dólar são referências nos cenários mencionados: mercado financeiro e comércio exterior. O consumidor que vai comprar a moeda para viajar, por exemplo, pagará preços diferentes, que variam conforme o banco ou corretora, e, em geral, são mais altos que as referências de mercado.

Leilões

O Banco Central vendeu pela manhã 10 mil contratos de swap cambial, operação que equivale à venda da moeda americana no mercado futuro, por US$ 498,1 milhões. Os papéis têm vencimento em 2 de dezembro de 2013.

A operação é parte do plano da autoridade para conter a escalada do dólar. O plano do BC -que começou a valer na última sexta-feira (23)- prevê a realização de leilões de swap cambial tradicionais de segunda a quinta, com oferta de US$ 500 milhões em contratos por dia, até dezembro.

Às sextas-feiras, o BC oferecerá US$ 1 bilhão por meio de linhas de crédito em dólar com compromisso de recompra -mecanismo que pode conter as cotações sem comprometer as reservas do país.

continua após publicidade

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Bolsa cai 2,6% com possível operação militar contra Síria; Petróleo sobe"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!