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ANP avalia se Tubarão Azul é mesmo inviável

Por Denise Luna RIO DE JANEIRO, RJ, 12 de julho (Folhapress) - A ANP (Agência Nacional do Petróleo) está avaliando se o campo de Tubarão Azul, do empresário Eike Batista, é inviável comercialmente ou poderá produzir por mais tempo se forem feitas mais

Da Redação

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Publicado em 12.07.2013, 16:33:00 Editado em 27.04.2020, 20:27:30
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Por Denise Luna

RIO DE JANEIRO, RJ, 12 de julho (Folhapress) - A ANP (Agência Nacional do Petróleo) está avaliando se o campo de Tubarão Azul, do empresário Eike Batista, é inviável comercialmente ou poderá produzir por mais tempo se forem feitas mais perfurações. De acordo com a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, a Superintendência de Produção da agência já começou o trabalho de avaliação, mas não há um prazo para o seu término.

"Vamos chegar à conclusão se Tubarão Azul é ou não economicamente viável. Se for, chamamos a empresa para que apresente o Plano de Desenvolvimento ou devolva. Pode não ser comercial para uma empresa e ser para outra", explicou Magda.

Segundo ela, a OGX, de Eike Batista, poderá ter que perfurar mais poços se quiser ficar com o ativo, apesar de já ter aberto mais de cem poços desde a nona rodada de licitações, em 2007, o que é considerado positivo pela agência.

O mesmo procedimento será feito nos campos de Tubarão Tigre, Tubarão Areia e Tubarão Gato, também considerados inviáveis pela OGX, meses depois da empresa ter declarado a comercialidade desses campos. "Também está sendo analisado, olhamos caso a caso. Se eles quiserem devolver, nós vamos relicitar", informou.

OGX

Apesar da data marcada para a assinatura dos contratos dos blocos da 11ª rodada de licitações da ANP, realizada em abril deste ano, ser o dia 6 de agosto, os concessionários terão até o fim do mesmo mês para pagar por esses segundo Magda.

"Marcamos 6 de agosto porque nessa data fazem exatamente 15 anos que a agência assinou o seu primeiro contrato, mas o prazo vai até o final do mês, o edital fala apenas em agosto", disse a executiva.

Com isso, a OGX, que vem atravessando problemas de credibilidade e suspeita de falta de liquidez para honrar o compromisso assumido com a ANP, teria até o final do mês para pagar pelos blocos. A empresa de petróleo do empresário Eike Batista comprou 13 blocos no último leilão, por cerca de R$ 370 milhões.

Calote

Magda disse não se preocupar em uma eventual falta de recursos de Eike para honrar o compromisso, lembrando que no caso da vencedora no leilão não pagar, os blocos são automaticamente oferecidos ao segundo colocado pelo preço pago pelo vencedor.

Ela informou ainda que a OGX ofereceu o petróleo que será produzido no campo de Tubarão Martelo como garantia para o PEM (Programa Exploratório Mínimo) dos blocos adquiridos na 11ª rodada. Magda disse que a ANP está avaliando o pleito, que está previsto nas regras do leilão.

"Os vencedores primeiro tem que apresentar para nós a confirmação do pagamento do bônus de assinatura. O segundo passo é dar garantias para o PEM, nesse caso há um pleito para utilizar o óleo de Tubarão Martelo", explicou a executiva.

A OGX começou a produzir petróleo no início de 2012 e previa pelo menos 15 mil barris por dia em Tubarão Azul. A produção ficou abaixo do esperado e a empresa avisou recentemente ao mercado que talvez Tubarão Azul pare de produzir ao longo de 2014. Também suspendeu o desenvolvimento dos outros três campos na bacia de Campos, Tubarão Tigre, Tubarão gato e Tubarão Areia, três meses depois de ter declarado a comercialidade desses campos.

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