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Poupança paga mais que renda fixa com Selic em 8,5% ao ano

Por Carolina Matos, Thiago Santos e Anderson Figo SÃO PAULO, SP, 10 de julho (Folhapress) - Com o juro básico em 8,5% ao ano, a poupança continua mais atraente que a maioria dos fundos de renda fixa considerando o ganho líquido mensal, que desconta tax

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.07.2013, 20:24:00 Editado em 27.04.2020, 20:27:35
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Por Carolina Matos, Thiago Santos e Anderson Figo

SÃO PAULO, SP, 10 de julho (Folhapress) - Com o juro básico em 8,5% ao ano, a poupança continua mais atraente que a maioria dos fundos de renda fixa considerando o ganho líquido mensal, que desconta taxas cobradas e impostos. É o que mostra levantamento da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

Na comparação, a caderneta se revela uma boa alternativa mesmo após a mudança das regras de rentabilidade das aplicações feitas a partir de 4 de maio do ano passado.

Pela norma, os novos depósitos rendem 70% da Selic mais TR (Taxa Referencial, atualmente zerada) sempre que o juro básico, a taxa Selic, for menor ou igual a 8,5% ao ano.

Para depósitos anteriores a 4 de maio de 2012, ou quando a Selic estiver acima de 8,5% ao ano, vale a regra de antes da mudança: remuneração de 0,5% ao mês (ou 6,17% ao ano) mais a TR, que deve deixar de ser zero nesse cenário.

A TR deve subir porque seu cálculo está diretamente relacionado ao desempenho da Selic e ao número de dias úteis do mês.

De acordo com o professor economista José Vieira Dutra Sobrinho, a TR deve fechar o mês de julho acima de zero, considerando a Selic mais alta (8,5% ao ano) e os 23 dias úteis do mês, total superior à média de 21 dias úteis. E, no cenário de juros mais altos, deve se manter acima de zero.

Segundo a Anefac, a nova poupança, com rentabilidade de 0,48% ao mês (com a Selic em 8,5% ao ano), ganha de todos os fundos de renda fixa com taxa de administração a partir de 2% ao ano, independentemente do prazo para resgate dos recursos.

Já os fundos que cobram 1,5% ao ano de taxa só pagam mais se o saque for feito após dois anos.

Os fundos com taxa de administração de 1% compensam com resgate após seis meses. Somente produtos que cobram 0,50% ao ano -normalmente, em aplicações acima de R$ 50 mil- sempre vencem da poupança.

Considerando a poupança antiga (que rende 0,5% ao mês mais TR, ou 6,17% ao ano mais TR), a caderneta também vence na maioria dos casos.

Apenas empata com os fundos com taxa de administração de 0,50% ao ano e resgate até seis meses e perde para esses fundos com resgate acima desse período. A poupança nova também empata com fundos com taxa de 1% ao ano e resgate entre um e dois anos e perde para esses fundos com resgate acima de dois anos.

Cenário anterior

Economistas consultados pela reportagem apostam em continuidade do aumento do juro básico, para conter a inflação, e acreditam que a Selic deva superar os 8,5% em agosto -o que levaria a poupança a render o mesmo que antes da mudança da regra -ou seja, 0,50% ao mês ou 6,17% ao ano mais TR.

"Vemos outra alta de 0,50 ponto percentual em agosto e mais uma de 0,25 ponto percentual antes de terminar o ano, até 9,25% ao ano", diz André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos.

Empréstimos

A taxa média de juros a pessoas físicas ficou, em junho, em 88,51% ao ano (ou 5,43% ao mês), segundo dados da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

Em julho de 2011, quando o juro básico, a Selic, estava em 12,50% ao ano, esse juro médio ao consumidor era de 121,21% ao ano.

Apesar da redução nos últimos dois anos, especialistas alertam que os juros cobrados do consumidor final são muito superiores à Selic.

Para Mauro Calil, educador financeiro da Academia do Dinheiro, o melhor investimento para quem está endividado é pagar a dívida, por causa dos juros altos.

"O brasileiro, em geral, acredita que não está endividado se as parcelas estão em dia. Isso é errado. Adiantar as parcelas do empréstimo para quitá-lo logo representa um grande ganho, pois o consumidor paga menos juros", diz o especialista.

Calil destaca ainda que, considerando as diversas modalidades de crédito, com taxas de juros diferentes, o consumidor deve procurar sempre as opções mais baratas. "É essencial evitar as linhas mais caras, como cartão de crédito e cheque especial", afirma.

"A melhor dica é reorganizar as finanças, ver quais gastos do dia a dia podem ser cortados e adiantar parcelas de empréstimos já tomados", acrescenta.

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