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Dólar fecha em alta e atinge maior cotação desde abril de 2009

Por Anderson Figo SÃO PAULO, SP, 10 de julho (Folhapress) - O dólar à vista, referência para as negociações no mercado financeiro, fechou o dia em alta de 0,74%, cotado em R$ 2,277 na venda -maior valor desde 1º de abril de 2009, quando ficou em R$ 2,2

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.07.2013, 19:01:00 Editado em 27.04.2020, 20:27:36
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Por Anderson Figo

SÃO PAULO, SP, 10 de julho (Folhapress) - O dólar à vista, referência para as negociações no mercado financeiro, fechou o dia em alta de 0,74%, cotado em R$ 2,277 na venda -maior valor desde 1º de abril de 2009, quando ficou em R$ 2,286.

A moeda chegou a atingir R$ 2,281 no início da tarde, mas perdeu força depois de uma nova intervenção do Banco Central no câmbio e da divulgação da ata da última reunião do banco central americano, além da perspectiva para a definição do patamar da taxa básica de juros nacional, a Selic, nesta noite.

No mercado de ações, o principal índice da Bolsa brasileira, o Ibovespa, subiu 0,9%, para 45.483 pontos. O dólar comercial -utilizado no comércio exterior- fechou em alta de 0,44%, para R$ 2,273.

O BC promoveu um leilão de swap cambial tradicional, que equivale a uma venda de dólares no mercado futuro. Foram vendidos 29,7 mil contratos do total de 30 mil oferecidos pelo BC, pelo valor de US$ 1,476 bilhão. Os papéis têm vencimentos em 2 de dezembro de 2013 e 2 de janeiro de 2014.

"O BC tem mostrado que quer manter o dólar entre R$ 2,20 e R$ 2,30, evitando oscilações bruscas na moeda", diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora.

Hoje é o segundo dia da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, na qual deve ser estipulado um novo patamar para a taxa básica de juros nacional, a Selic. De acordo com especialistas consultados pela Folha, a autoridade deve aumentar a Selic em 0,5 ponto percentual, para 8,5% ao ano. A decisão será conhecida nesta noite.

Para Galhardo, o aumento nos juros do Brasil não deve chamar atenção dos investidores estrangeiros, que devem continuar retirando aplicações do país.

"Não tem adiantado o BC subir a Selic para atrair mais estrangeiros para o Brasil e aumentar a oferta de dólares no mercado, reduzindo a cotação da moeda", diz Galhardo. "Os investidores ainda estão vendo que a nossa economia está fraca e repleta de interferências políticas", completa.

Reginaldo Siaca, superintendente de câmbio da Advanced Corretora, afirma que o mercado está mais atento ao fim dos estímulos nos Estados Unidos, que deve restringir ainda mais o volume de dólares nos emergentes, pressionando a cotação do dólar para cima.

"O banco central dos EUA deve começar a diminuir o seu programa de recompra mensal de títulos [no valor de US$ 85 bilhões] ainda neste ano. Isso enxugaria o volume de dólares do mercado global", diz.

A ata do BC americano sobre sua reunião em junho mostrou que cresceu o consenso dentro da autoridade monetária sobre a provável necessidade de começar a reduzir as medidas de estímulo econômico em breve, mas muitos membros querem mais garantias de que a recuperação do emprego está sólida antes de iniciar a desaceleração das compras de ativos.

Siaca chama atenção para outro fator: depois de encerrar o programa de recompra de títulos, o banco central dos EUA também deve voltar a subir a taxa básica de juros no país, o que deixaria os títulos do Tesouro americano, remunerados por essa taxa e considerados de baixo risco, mais atraentes aos investidores.

"Isso pode intensificar o processo de migração dos investimentos nos países emergentes, como o Brasil, para os Estados Unidos", afirma. "O volume de dólares no mercado brasileiro ficaria ainda menor, pressionando para cima a cotação da moeda".

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