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GE investe em energia eólica no Nordeste

De olho no crescimento da indústria de energia eólica no Brasil nos próximos anos, a GE planeja uma série de novos investimentos para consolidar sua posição como uma das principais fornecedoras de equipamentos eólicos do País. O entusiasmo da multinaciona

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.06.2013, 09:36:01 Editado em 27.04.2020, 20:28:06
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De olho no crescimento da indústria de energia eólica no Brasil nos próximos anos, a GE planeja uma série de novos investimentos para consolidar sua posição como uma das principais fornecedoras de equipamentos eólicos do País. O entusiasmo da multinacional e as declarações sobre novos projetos para o mercado brasileiro coincidem com um período em que o setor vive momentos de incerteza.

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Segundo o gerente geral de Energias Renováveis da GE Power & Water, Jean-Claude Robert, a companhia investirá em torno de US$ 5 milhões na construção de uma fábrica de aero geradores, cujas obras devem ter início ainda no segundo semestre deste ano.

O executivo não revela detalhes sobre a capacidade produtiva e a localização da nova unidade, mas diz que a intenção da companhia é que a instalação esteja concluída até o dia 1º de janeiro de 2015. Esse é o prazo determinado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para que os fabricantes passassem a produzir os componentes de alta complexidade de um projeto eólico no Brasil para que sejam credenciados ao Finame, uma linha especial de crédito do BNDES para a produção e a aquisição de máquinas e equipamentos novos.

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No fim do ano passado, o banco estabeleceu novas regras para o Finame com o objetivo de estimular um maior nível de nacionalização dos equipamentos eólicos. Robert explicou que a companhia já produzia as torres, o hub e as pás dos parques eólicos no Brasil. "Hoje, a GE já atende as regras atuais do Finame", assegurou. O executivo citou como exemplo do aproveitamento de conteúdo nacional a parceria com a empresa brasileira Tecsis, de quem a GE adquire as pás eólicas para a instalação dos empreendimentos.

Considerando que a participação da energia eólica na matriz elétrica saltará do atual 1,69% para 5,5% em 2017, de 2,09 mil MW de capacidade instalada para 8,8 mil MW, segundo os dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica), Robert afirmou que a nova fábrica de aerogeradores atenderá, inicialmente, a demanda do mercado brasileiro.

Porém, o executivo não descarta a possibilidade de a instalação servir, no futuro, para suprir a demanda de outros países da região. "A fábrica terá capacidade de expansão. Só que tudo dependerá de quanto o Brasil vai querer contratar de energia eólica nos leilões", argumentou. Até o fim do ano, a GE terá mais de 1 mil MW de turbinas eólicas instaladas no Brasil em operação comercial.

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Competitividade

Caso o Brasil se torne uma plataforma de exportação de equipamentos eólicos para os outros países, o executivo explicou que essa produção terá de ser competitiva. Isso porque, além de competir com os produtos de outras marcas, a unidade brasileira terá que concorrer também com as fábricas da própria GE em países como EUA e China.

Além da fábrica, a GE inaugurou na sexta-feira, 28, na Bahia, seu primeiro centro de serviços de energia eólica no País, com investimento de US$ 1,5 milhão. O suporte à indústria eólica no País também virá do novo Centro de Pesquisas Global, em fase de construção no Rio de Janeiro, a quinta instalação do tipo da GE no mundo. Segundo o executivo, a companhia vem trabalhando no sentido de adaptar as suas turbinas às características dos ventos brasileiros.

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Todos esses investimentos da GE em energia eólica acontecem em um momento de grande incerteza da fonte no País. Excluídos do leilão de energia nova A-5 deste ano, os investidores eólicos viram o governo também adotar regras mais restritivas para a fonte nos leilões A-3 e de energia de reserva. Para participar dos certames, o governo só habilitará projetos que possuem garantia de conexão com a malha de transmissão.

Apesar do ambiente mais volátil, Robert reforçou a aposta da GE no mercado brasileiro de eólica e afirmou que a indústria se beneficiaria muito se a demanda anual pela fonte variasse entre 1,5 mil MW e 2,5 mil MW. "Vemos o mercado de energia eólica muito quente e todo mundo está se preparando para o leilão", disse o executivo, em referência ao leilão de energia de reserva, marcado para agosto deste ano e que será exclusivo para eólicas.

No início deste mês, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) informou que 16 mil MW de projetos eólicos foram cadastrados para o certame, mas o número deve cair de forma substancial por causa da regra de garantia de conexão ao sistema de transmissão. As informações são do jornalO Estado de S. Paulo.

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