SÃO PAULO, SP, 27 de junho (Folhapress) - O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) subiu 0,75% em junho, depois de ter ficado estável em maio, com destaque para a forte alta dos preços no atacado, informou hoje a FGV (Fundação Getulio Vargas).
O mercado esperava que o indicador registrasse alta de 0,76%, de acordo com a mediana de 20 estimativas de analistas consultados pela agência Reuters, que variaram de alta de 0,50% a 0,88%.
Em 12 meses, o IGP-M acumula alta de 6,31%. Em relação à segunda prévia de junho, houve pouca alteração, após alta de 0,74% no período.
O IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, teve alta de 0,68% em junho, ante deflação de 0,30% em maio.
Em relação à origem dos produtos, os agropecuários registraram avanço de 1,01%, ante queda de 1,98% em maio. Os industriais, por sua vez, aceleraram a alta a 0,56%, ante 0,34% no mês anterior.
Entre os estágios de produção, os preços dos bens finais tiveram variação positiva de 0,08%, ante recuo de 0,05%. No segmento bens intermediários, houve alta de 0,84%, ante recuo de 0,18%.
Por sua vez, o índice de matérias-primas brutas apresentou variação positiva de 1,23%, contra deflação de 0,77% no mês anterior.
Varejo
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), com peso de 30% no índice geral, acelerou a alta para 0,39%, contra 0,33% visto anteriormente.
A principal contribuição para o resultado do índice partiu do grupo habitação, com avanço de 0,64% em junho ante alta de 0,22% no mês anterior.
O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), por sua vez, registrou elevação de 1,96%, acelerando ante alta de 1,24% em maio.
Dentro do INCC, que responde por 10% do IGP, mão de obra mostrou alta de 3,24% em junho, ante 1,88% em maio. Já materiais, equipamentos e serviços aceleraram a alta para 0,58%, ante 0,56%.
O nível elevado de inflação resiste como fator de preocupação, influenciando a redução do poder de compra das famílias.
Em junho, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), considerado uma prévia da inflação oficial, desacelerou a alta a 0,38%, favorecido pelos preços de remédios e alimentos, mas estourou o teto da meta do governo em 12 meses.
O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de energia elétrica e aluguel, e é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.
Escrito por Da Redação
Publicado em 27.06.2013, 11:03:00 Editado em 27.04.2020, 20:28:12
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