O indicador Serasa Experian, que mede a perspectiva da atividade econômica das empresas e apura mensalmente a quantidade de empresas que buscaram crédito, seja em financiamento ou crédito, cresceu 17,9% em março de 2010 em relação ao mês anterior. Com isso, o índice atingiu o patamar de 110,8 pontos, um recorde desde sua criação em janeiro de 2007, sinalizando a recuperação econômica das empresas em março.
Em relação à março de 2009, a demanda das empresas por crédito registrou elevação de 24,1%, o que fez subir a alta acumulada do primeiro trimestre para 12,7%, comparativamente ao mesmo período do ano passado. O indicador mostra previsões de acordo com o porte da empresa,pelo setor econômico e pela região. Segundo os economistas da Serasa Experian, o ritmo acelerado de crescimento da atividade econômica durante o primeiro trimestre e as boas perspectivas de expansão para o restante do ano incrementaram a procura por crédito.
No mês de março, as micros e pequenas empresas se destacaram na busca por crédito, crescendo 19% em relação ao mês anterior. No acumulado do trimestre, cresceu 14,1%, uma elevação quase igual à registrada pelas grandes empresas, que foi de 14,4%.
O destaque para as micros e pequenas empresas é um bom sinal para a economia, pois estão intensamente ligadas ao mercado interno. Diferente das médias empresas, que estão mais contidas na busca por crédito, já que muitas são exportadoras e ainda sofrem com os impactos da crise financeira internacional.
Em relação ao setor econômico, as empresas de serviço lideraram a expansão da busca por crédito, registrando um aumento de 19,8% frente à fevereiro de 2010. Em seguida, as empresas do comércio com alta de 17,6%. Já na indústria, o crescimento foi menor e chegou a 12,9%.
No acumulado do primeiro trimestre, a ordem é a mesma. O setor de serviços cresceu 13,3%, seguido do comércio com 13,1% e depois a indústria com 8,5%, em relação ao ano anterior. O desempenho do setor industrial é um reflexo também da ligação com o cenário externo da economia.
Em relação às regiões, o maior avanço mensal foi na região Norte (alta de 27,2%) e o menor na região Sul (alta de 16,3%). Por outro lado, o acumulado do trimestre aponta a busca maior nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, com altas idênticas de 17,4% e o Sul continua com a menor procura, apenas 9,9%.
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