MAIS LIDAS
VER TODOS

Economia

Brasil cresce abaixo de seu potencial, avalia Bradesco

Para o diretor do Departamento de Pesquisas Macroeconômicas do Bradesco, Octavio de Barros, a variação do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deixa, "inequivocamente claro, que o Brasil está no mesmo ritmo da economia global". O PIB, divulg

Da Redação

·
Escrito por Da Redação
Publicado em 29.05.2013, 12:39:01 Editado em 27.04.2020, 20:29:33
Imagen google News
Siga o TNOnline no Google News
Associe sua marca ao jornalismo sério e de credibilidade, anuncie no TNOnline.
Continua após publicidade

Para o diretor do Departamento de Pesquisas Macroeconômicas do Bradesco, Octavio de Barros, a variação do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deixa, "inequivocamente claro, que o Brasil está no mesmo ritmo da economia global". O PIB, divulgou nesta quarta-feira, 29, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cresceu 0,6% na comparação com o quarto trimestre do ano passado e 1,9% relativamente ao primeiro trimestre de 2012. A variação na margem ficou próxima do piso de 0,55% das expectativas coletadas pelo AE Projeções, que tinham como teto uma variação de 1,2%.

continua após publicidade

Para Barros, como todos os países da América Latina, a economia brasileira cresce muitíssimo abaixo do seu potencial. "A ideia de que o Brasil era o único que estava se recuperando foi totalmente enterrada. Se não fosse a agricultura, o PIB do primeiro trimestre possivelmente teria sido de 0%. Esses dados vão obrigar todo mundo a revisar para baixo o PIB do ano, e possivelmente mais para próximo de 2%. Sem falar que para o segundo trimestre estamos prevendo uma desaceleração em relação ao primeiro trimestre", disse ao Broadcast. "Preliminarmente, trabalhamos com 0,5% de crescimento do PIB no segundo trimestre."

De acordo com ele, o dado do PIB do primeiro trimestre mostra que o setor de serviços desacelerou profundamente. "Isso teve um peso muito forte no lado da oferta, mas é uma excelente notícia, talvez a melhor notícia possível, para a inflação prospectiva. Eu sempre defendi que o setor de serviços já estava desacelerando depois de uma saturação de dez anos de crescimento forte", afirmou. "Estamos no início do fim da era dos non-tradables e engatinhando no início de uma era mais focada em tradables e de investimentos em infraestrutura."

continua após publicidade

Além disso, segundo Barros, com o consumo estagnado, como já vinham mostrando os dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) dos últimos seis meses, também não poderia ser melhor o cenário para a inflação corrente seguir desacelerando. "Como boa notícia, os investimentos estão sendo retomados, o que significa claramente que a oferta está reagindo. Estou mais otimista em relação aos investimentos, sobretudo os de infraestrutura, que começam finalmente a dar o ar da graça", considerou o economista.

Para Barros, no que diz respeito à inflação,os dados do PIB divulgados nesta quarta-feira, 29, são "excelentes no sentido de reduzir muito as preocupações de alguns" economistas. Com isso, de acordo com ele, as expectativas de inflação também tendem a ceder.

"Muitos analistas possivelmente devem estar considerando que o BC, de posse dessa informação relevante, deveria no máximo deixar os juros inalterados. Na minha opinião, como o processo de normalização monetária dificilmente será interrompido, a hipótese de aumento da Selic de 0,25 ponto torna-se praticamente a única possível e justa. Minha intuição é a de que o orçamento total do BC voltará a ser o que já trabalhávamos: 1 ponto porcentual no total", disse.

Gostou desta matéria? Compartilhe!

Icone FaceBook
Icone Whattsapp
Icone Linkedin
Icone Twitter

Mais matérias de Economia

    Deixe seu comentário sobre: "Brasil cresce abaixo de seu potencial, avalia Bradesco"

    O portal TNOnline.com.br não se responsabiliza pelos comentários, opiniões, depoimentos, mensagens ou qualquer outro tipo de conteúdo. Seu comentário passará por um filtro de moderação. O portal TNOnline.com.br não se obriga a publicar caso não esteja de acordo com a política de privacidade do site. Leia aqui o termo de uso e responsabilidade.
    Compartilhe! x

    Inscreva-se na nossa newsletter

    Notícia em primeira mão no início do dia, inscreva-se agora!