Por Mariana Sallowicz
RIO DE JANEIRO, RJ, 29 de maio (Folhapress) - Com o resultado negativo da indústria, o PIB (Produto Interno Bruto, a soma das riquezas do país) cresceu 0,6% no primeiro trimestre do ano na comparação livre de influências sazonais com os últimos três meses de 2012. Os dados foram divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em valores, o PIB somou R$ 1,1 trilhão no período de janeiro a março.
O resultado ficou abaixo do previsto pelo mercado, cujas expectativas apontavam para uma expansão de cerca de 0,9% no primeiro trimestre. O desempenho ocorre em meio à dificuldade da indústria de crescer -o setor é visto como o principal entrave a uma expansão mais robusta da economia. A indústria registrou queda de 0,3% de janeiro a março.
Já a principal novidade positiva veio da agropecuária e dos investimentos. Enquanto a agropecuária registrou expansão de 9,7% do quarto para o primeiro trimestre, o investimento cresceu 4,6% após um tombo de 4% no ano passado.
O setor de serviços, o de maior peso, avançou 0,5% na mesma base de comparação. , porém, veio do investimento, que teve alta de 4,6% após um tombo de 4% no ano passado.
Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias, item mais importante nessa leitura, subiu 0,1% na comparação com o quarto trimestre. O consumo do governo não teve variação.
Já em relação ao primeiro trimestre de 2012, o PIB cresceu 1,9%. O resultado reflete a queda de 1,4% da indústria, a expansão de 1,9% dos serviços e da alta de 17% da agropecuária. No que tange aos dados da demanda, o consumo das famílias teve alta de 2,1%. Já o investimento subiu 3%. O consumo do governo teve alta de 1,6%.
No indicador acumulado nos últimos 12 meses (quatro trimestres), os dados do IBGE mostram um crescimento de 1,2% da economia brasileira. O indicador mostra o quanto o PIB teria crescido se o ano se encerrasse em março.
Apesar da melhora no primeiro trimestre, a previsão é de baixo crescimento em 2013. O segundo e o terceiro trimestres devem apresentar desaceleração, o que poderá ser amenizado nos últimos três meses do ano.
A expectativa do mercado é de um crescimento inferior a 3% neste ano. Ao fim do ano passado, as previsões eram mais otimistas e apontavam uma expansão da ordem de 3,5%.
Já a equipe de Dilma acredita em um crescimento entre 3% e 3,5%.
Escrito por Da Redação
Publicado em 29.05.2013, 09:22:00 Editado em 27.04.2020, 20:29:34
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