Por Claudia Rolli
SÃO PAULO, SP, 28 de maio (Folhapress) - O Ministério Público de São Paulo apresentou denúncia à Justiça estadual contra 11 investigados na operação "Yellow", realizada para combater fraudes fiscais estimadas em R$ 2,7 bilhões.
Segundo denúncia feita pelo núcleo de promotores de Bauru do Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado), eles são suspeitos de cometer crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos.
Um grupo formado por quatro empresários, um advogado e três agentes da Secretaria da Fazenda de São Paulo foram presos durante a ação na última terça-feira.
De acordo com o Fisco paulista, a investigação começou em 2010 na região de Bauru (SP) e identificou um esquema em que empresas simulavam operações com soja e derivados para conseguir créditos irregulares de ICMS. Esses créditos eram usados para abater dívidas com a Fazenda paulista.
Para fazer essas operações no setor de processamento de soja, o grupo usava empresas de fachada que tinham em seus quadros societários offshores, registradas em Montevidéu, no Uruguai, e sócios laranja.
Além de absorver os efeitos tributários da fraude, o objetivo dessas empresas era "blindar" os reais operadores da fraude.
A pedido do Ministério Público, a Justiça decretou na tarde desta terça-feira a prisão preventiva de dois suspeitos que estão foragidos -um é apontado como líder da organização e o outro como a pessoa que comandava o grupo empresarial investigado- além de um diretor e de três agentes fiscais de renda investigados.
Escrito por Da Redação
Publicado em 28.05.2013, 20:18:00 Editado em 27.04.2020, 20:29:35
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