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Taxa deve subir outra vez, afirmam analistas

Por Daniel Tremel SÃO PAULO, SP, 27 de maio (Folhapress) - Em meio a um cenário de pressão inflacionária, o Banco Central deve subir novamente o juro básico, a taxa Selic, na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) de quarta-feira. A Selic foi

Da Redação

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Publicado em 27.05.2013, 12:34:00 Editado em 27.04.2020, 20:29:40
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Por Daniel Tremel

SÃO PAULO, SP, 27 de maio (Folhapress) - Em meio a um cenário de pressão inflacionária, o Banco Central deve subir novamente o juro básico, a taxa Selic, na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) de quarta-feira.

A Selic foi elevada de 7,25% ao ano para 7,50% ao ano no último encontro do Comitê, em abril.

Embora o dado mais recente de inflação -o IPCA-15, prévia do indicador usado oficialmente para medir aumento de preços- tenha ficado um pouco abaixo do esperado em abril (aumento de 0,46%), ainda não convenceu o mercado que deve haver uma desaceleração da inflação no longo prazo, afirmam economistas ouvidos pela Folha de S.Paulo.

Para o economista-chefe da Gradual Investimento, André Perfeito, a inflação ainda está muito próxima ao teto da meta (6,5% ao ano), o que preocupa. "A autoridade tem que manter o tom vigilante", afirma.

A continuidade do aperto monetário deve ocorrer apesar dos sinais de que a atividade econômica segue fraca. O indicador o IBC-Br, que serve como prévia do PIB (Produto Interno Bruto), apontou crescimento de 1,05% no primeiro trimestre. O resultado foi superior ao do mesmo período do ano passado, mas que frustrou expectativas de uma retomada mais forte. O dado fez com que a previsão do PIB fosse revisada para baixo.

"A reunião do Copom será particularmente dramática", diz Perfeito.

O consultor financeiro Rafael Paschoarelli diz que o mercado já trabalha com a perspectiva de uma inflação maior.

"Esse BC não quer manter a inflação perto do centro da meta, ele tolera uma inflação um pouquinho maior. E o mercado já entendeu isso. Sendo assim, teremos ganhos reais menores."

Poder de compra

Michael Viriato, professor do Insper, Instituto de Ensino e Pesquisa, diz que o investidor deve ficar atento às aplicações que estão rendendo abaixo da inflação e procurar alternativas para preservar seu poder de compra.

Atualmente, a nova poupança -válida para depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012 e que rende 0,70% da Selic mais TR (Taxa Referencial, hoje zerada) paga menos que a inflação. "Quem tem poupança tem perdido poder de compra", diz.

Uma alternativa são os títulos públicos atrelados à inflação, como as NTN-B (Notas do Tesouro Nacional). Viriato alerta, porém, que mesmo esses títulos estão sujeitos a oscilações de preços.

Riscos

Para quem busca mais retorno e não tem aversão a riscos maiores, o momento pode ser bom para investir em fundos atrelados à Bolsa, diz Viriato.

"Há muitos fundos de investimentos que têm rendido muito acima da inflação", diz, citando os fundos de dividendos (parcela do lucro de empresas distribuída aos acionistas) e fundos de empresas de pequena capitalização (chamadas de "small caps").

"Eles têm ido muito bem, acima do índice Bovespa [principal índice da Bolsa brasileira]. Tenho uma expectativa mais positiva em relação ao Ibovespa até o final do ano", diz Viriato.

O consultor Paschoarelli adverte, porém, que qualquer investimento atrelado à Bolsa é uma operação muito mais arriscada e não se compara à renda fixa. "Ninguém deve entrar na Bolsa porque o amigo falou ou porque leu a matéria no jornal, mas sim porque estuda e sabe exatamente o que está fazendo."

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