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Após captação, empresa usará US$ 5 bi para pagar dívidas mais caras

SÃO PAULO, SP, 22 de maio (Folhapress) - A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse que a companhia vai utilizar uma fatia de US$ 5 bilhões -do total de US$ 11 bilhões captados- para saldar dívidas anteriores assumidas pela empresa e que tinham jur

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.05.2013, 13:08:00 Editado em 27.04.2020, 20:29:53
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SÃO PAULO, SP, 22 de maio (Folhapress) - A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse que a companhia vai utilizar uma fatia de US$ 5 bilhões -do total de US$ 11 bilhões captados- para saldar dívidas anteriores assumidas pela empresa e que tinham juros maiores. "Cerca de US$ 5 bilhões são para pré-pagar dívidas mais caras. Os demais US$ 6 bilhões serão usados para novos investimentos", afirmou Graça, que participa hoje de audiência pública na Câmara dos Deputados.

A megaoperação de dívida externa fechada na semana passada fez diminuir a diferença no volume captado no mercado internacional de bônus em 2013 em relação ao mesmo período de 2012.

Com os US$ 11 bilhões levantados de uma única vez pela empresa, o valor total emitido lá fora, considerando todo tipo de emissor no ano, somou US$ 23,8 bilhões.

O recuo em relação aos US$ 27,4 bilhões captados entre janeiro e maio de 2012 diminui para 13%, segundo levantamento do Valor Data.

"Você não empresta dinheiro para quem não gera resultado. É endividamento a favor do crescimento. O mercado confia na nossa capacidade de gerenciar e buscar projetos competitivos", comentou Graça.

Ela afirmou também que a prioridade da companhia é a produção e o refino e que, até 2020, mais da metade da produção da Petrobras virá da camada pré-sal. Destacou que, no primeiro trimestre deste ano, a companhia bateu recorde de produção no pré-sal, com 311 mil barris por dia registrados em abril.

A executiva disse que a área de refino da companhia está com 98% de capacidade utilizada e que a tendência da empresa é ampliar essas operações de refino, importando cada vez menos derivados de petróleo.

"Vamos ter aumento da demanda de diesel [5%] e gasolina [3,2%] neste ano, mas vamos fazer mais derivados no Brasil e vamos importar menos. Nossas refinarias estão muito melhores do que estavam anteriormente", disse.

"O que a Petrobras faz é vender combustíveis. Vamos produzir mais, atender a demanda crescente e importar menos."

Manutenção de plataformas

Graça disse também que as paradas de plataformas para manutenção vão continuar no segundo semestre. As paradas estão entre os fatores por trás de quedas recentes na produção de petróleo no Brasil.

A produção de petróleo da Petrobras no país caiu 3,8% em março ante fevereiro, para 1,846 milhão de barris por dia (bpd) em média. O volume é o menor desde setembro do ano passado, quando a estatal produziu 1,843 milhão de barris.

Leilão de novas áreas

A executiva comemorou o desempenho da companhia na 11ª Rodada de licitações de áreas para exploração de petróleo e gás, realizada na semana passada pela ANP.

A rodada arrecadou R$ 2,82 bilhões em bônus de concessão, o maior volume já obtido nesses leilões, que começaram em 1999, depois que foi quebrado o monopólio de exploração da Petrobras.

Foram vendidos 142 dos 289 blocos oferecidos, arrematados por 30 empresas, das quais 18 estrangeiras de 11 países, que se comprometeram a investir R$ 7 bilhões no período de concessão, que varia de cinco a oito anos, mais do que o dobro dos R$ 3 bilhões estimados pelo governo.

A maior disputa foi por um bloco localizado na Foz do Amazonas, comprado por um consórcio formado pela Petrobras, pela francesa Total e pela inglesa BP, que pagou R$ 345,9 milhões, com ágio de 3.735% pela área, que fica quase na fronteira com a Guiana Francesa.

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