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Contas externas mostram sinal vermelho, diz Tendências

A aceleração do déficit de transações correntes em abril, que atingiu US$ 8,318 bilhões, depois de ter registrado US$ 6,873 bilhões em março, indica que há um sinal vermelho para o atual modelo de crescimento no Brasil, baseado em importação de capitais e

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.05.2013, 12:06:01 Editado em 27.04.2020, 20:29:54
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A aceleração do déficit de transações correntes em abril, que atingiu US$ 8,318 bilhões, depois de ter registrado US$ 6,873 bilhões em março, indica que há um sinal vermelho para o atual modelo de crescimento no Brasil, baseado em importação de capitais e baixa poupança interna, comentou ao Broadcast, o serviço em tempo real da Agência Estado, o economista da consultoria Tendências, Felipe Salto. Ele ressaltou que, no mês passado, o resultado negativo das contas externas de mercadorias e serviços atingiu 3,04% do Produto Interno Bruto (PIB) acumulado em um ano, o que não ocorria desde agosto de 2002, quando registrou 3% do PIB.

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Para Salto, um dos indicadores que mostram um "esgotamento" do modelo de desenvolvimento da economia baseado em avanço do consumo com baixa expansão da Formação Bruta de Capital Fixo é que o Investimento Estrangeiro Direto (IED) não está financiando mais todo o déficit de transações correntes. Em março, o IED equivalia a 53,3% do resultado negativo daquelas contas externas e em abril atingiu 57,2%, mas está distante dos 100%.

"E a dinâmica de elevação do déficit de transações correntes, ao mesmo tempo em que ocorre um desempenho menor em termos relativos do IED, mostra que os investimentos externos no País começam a ser influenciados negativamente pelo atual modelo de desenvolvimento econômico", ponderou Salto.

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O economista da Tendências ressalta que a elevação do déficit de transações correntes no Brasil é diferente do que ocorreu na maior parte da segunda metade da década de 1990, quando o câmbio semifixo colaborou de forma significativa para que o País ingressasse numa aguda crise de balanço de pagamentos. Contudo, o período atual impõe a necessidade de o governo reavaliar as diretrizes de política econômica, pois o investimento interno precisa aumentar, dado que estariam exauridos os efeitos positivos da política de crescimento da economia baseada especialmente no avanço do consumo, adotada desde o governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Como mudanças estruturais demoram para trazer resultados, Salto acredita que o déficit de transações correntes deve subir de 2,4% do PIB em 2012 para 2,9% neste ano, atingindo US$ 68,7 bilhões. Para 2014, ele acredita que o resultado negativo destas contas externas também ficarão em 2,9% do PIB, num valor nominal de US$ 72,6 bilhões.

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