As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, 21, motivadas por autoridades do Federal Reserve que expressaram apoio ao programa de compra de bônus do banco central norte-americano. O Dow Jones e o S&P 500 fecharam em nível recorde.
O índice Dow Jones subiu 52,30 pontos (0,34%) e fechou a 15.387,58 pontos, um novo recorde. O S&P 500 ganhou 2,87 pontos (0,17%), encerrando a 1.669,16 pontos e também renovando sua máxima de fechamento. E o Nasdaq avançou 5,69 pontos (0,16%) e fechou a 3.502,12 pontos.
Em dia de agenda de indicadores vazia, os comentários dos presidentes do Fed de Saint Louis e de Nova York, James Bullard e William Dudley, ambos com poder de voto no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) impulsionaram as bolsas, que antes operavam em baixa.
Bullard afirmou que a reação do mercado financeiro mostra que as compras de bônus são eficientes e que as compras ajustáveis são a melhor política para o Fed, enquanto Dudley disse que ainda é muito cedo para dizer como o banco central vai ajustar suas compras de bônus e que existe um risco dos mercados financeiros "exagerarem" na reação a esse futuro aperto monetário.
Nesta quarta-feira, 22, o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, participa de uma audiência pública no Congresso dos Estados Unidos e também será divulgada a ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
O otimismo do dia também foi motivado pelo Goldman Sachs, que elevou suas previsões de pontos para o índice S&P 500 referentes aos anos de 2013 a 2015, para 1.750, 1.900 e 2.100 pontos, respectivamente. Anteriormente, as previsões eram 1.625, 1.775 e 1.900 pontos. O Goldman Sachs alega que sua perspectiva positiva de 2013 para o S&P 500 tem se desenvolvido muito mais rápido do que o esperado. Além disso, a instituição ressaltou que o índice subiu 15% no ano e somou ganhos de 18% nos últimos seis meses.
Alguns investidores, no entanto, questionam se os atuais níveis dos índices de Nova York podem ser sustentáveis, dado o já poderoso rali que impulsionou o Dow e o S&P 500.
No noticiário corporativo, as ações da Apple diminuíram as perdas e fecharam com queda de 0,74% após Tim Cook, executivo-chefe da companhia, defender as práticas tributárias da empresa diante de investigadores do Senado, argumentando que a Apple paga todos os impostos devidos e que seu uso de subsidiárias estrangeiras não afeta o pagamento de tributos nos EUA. O depoimento de Cook ao Capitólio se seguiu às revelações de que sua companhia não pagou imposto sobre a renda de dezenas de bilhões de dólares adquirida em outros países durante os últimos quatro anos.
Ainda em território negativo, os papeis da Travelers recuaram 2,24% em meio a uma fraqueza geral entre as seguradoras. Verizon Communications e AT&T, por sua vez, perderam 1,3% e 0,8%, respectivamente, após a Sprint Nextel elevar sua oferta pela Clearwire em 14%. As ações da Sprint Nextel fecharam com alta de 1,4% e as da Clearwire subiram 4,3%. E a Best Buy caiu 4,4% após apresentar receita menor que a esperada.
Por outro lado, a Home Depot saltou 2,5% após um balanço positivo e o JPMorgan avançou 1,4%. O presidente do conselho administrativo e executivo-chefe do JPMorgan, James Dimon, deve manter os dois cargos após a assembleia anual de acionistas que ocorre hoje em Tampa (Flórida), segundo uma fonte com conhecimento do assunto.
Mas foi a Merck que liderou os ganhos entre os componentes do Dow, com alta de 4,7% em meio a um ganho generalizado nas ações relacionadas à saúde. As informações são da Dow Jones.
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