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Agência reduz nota de risco da OGX

Por Mariana Sallowicz RIO DE JANEIRO, RJ, 17 de maio (Folhapress) - A agência Fitch reduziu hoje o rating (nota de classificação de risco) da dívida em moeda estrangeira e local da OGX, petroleira do grupo EBX, de Eike Batista. A perspectiva da classif

Da Redação

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Publicado em 17.05.2013, 17:52:00 Editado em 27.04.2020, 20:30:06
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Por Mariana Sallowicz

RIO DE JANEIRO, RJ, 17 de maio (Folhapress) - A agência Fitch reduziu hoje o rating (nota de classificação de risco) da dívida em moeda estrangeira e local da OGX, petroleira do grupo EBX, de Eike Batista. A perspectiva da classificação da empresa mudou de estável para negativa.

As notas das dívidas foram rebaixadas de "B" para "B-". O rating nacional de longo prazo também foi alterado de "BBB-" para "BB+".

Segundo o analista Ricardo Carvalho, o rebaixamento reflete preocupações "em relação à liquidez da companhia, devido à sua agressiva aquisição de 13 blocos exploratórios em meio a um período em que está implementando um ambicioso programa de investimentos e vem lutando para que a produção de petróleo e gás entre em operação".

A OGX foi uma das surpresas da 11ª rodada de licitações de blocos de petróleo e gás da ANP. A empresa fez lances para blocos em cinco bacias, tendo arrematado as 13 áreas. O leilão ocorreu no início da semana.

A petroleira comprou sozinha dez blocos e fez parcerias em outros três. Com a norte-americana ExxonMobil, dividiu meio a meio blocos nas bacias Potiguar e do Ceará. Também na bacia do Ceará, adquiriu um bloco com a francesa Total e a brasileira Queiroz Galvão.

Investimentos

O analista cita em relatório que a aquisição dos blocos exploratórios está avaliada em aproximadamente US$ 190 milhões (R$ 376 milhões) e deverá ser paga antecipadamente nos próximos meses.

"Os investimentos mínimos compromissados em relação a estes blocos totalizam US$ 350 milhões [R$ 699 milhões] no período exploratório de cinco anos, o que pressionará ainda mais as necessidades de caixa da OGX", afirma.

O analista diz ainda que a OGX continua enfrentando desafios operacionais. "Em abril, todos os seus três poços de produção foram paralisados devido a problemas técnicos na bomba centrífuga submersível no poço OGS-68HP. Além disso, houve instabilidade na geração elétrica na OSX-1, que afetou a produção nos outros dois poços".

Segundo Carvalho, dos três poços, um voltou rapidamente à produção; o segundo deverá recomeçar a produzir em maio; e o terceiro poço, em junho.

Para ele, o "ambicioso programa de investimentos" de capital da OGX, de aproximadamente US$ 1,3 bilhão em 2013, e o Ebitda (indicador da capacidade de geração de caixa), deverão resultar em grande deficit de caixa em 2013. Em meio a uma crise de confiança, a OGX anunciou neste mês prejuízo de R$ 805 milhões no primeiro trimestre do ano, ante um resultado também negativo de R$ 145 milhões no mesmo período de 2012.

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