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Cunha diz que não houve acordo para MP dos Portos

O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), afirmou nesta terça-feira que não houve acordo com o governo para aprovar a Medida Provisória 595, a MP dos Portos. "Não houve avanços", afirmou. Cunha apresentou quatro emendas aglutinativas à MP, mas apenas

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 14.05.2013, 18:03:01 Editado em 27.04.2020, 20:30:16
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O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), afirmou nesta terça-feira que não houve acordo com o governo para aprovar a Medida Provisória 595, a MP dos Portos. "Não houve avanços", afirmou. Cunha apresentou quatro emendas aglutinativas à MP, mas apenas a última será votada. Segundo ele, a votação das três primeiras foi inviabilizada, não por acordo com o governo, mas porque elas incluíam emendas individuais apresentadas pelo deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), que, nesta terça, decidiu retirá-las.

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Uma emenda aglutinativa que se baseia em uma emenda individual retirada não pode ser acolhida para votação. De acordo com Cunha, embora o assunto seja polêmico e haja dúvidas em relação a essa possibilidade, há uma interpretação do regimento segundo a qual o autor da emenda pode retirá-la a qualquer momento.

Cunha disse ainda que a bancada do PMDB decidiu retirar apoio a uma das propostas que ele havia apresentado na emenda aglutinativa. Cunha era favorável à exigência de que os terminais de uso privado (TUPs) também fossem obrigados a contratar trabalhadores inscritos nos Órgãos Gestores de Mão de Obra (Ogmos), mas a bancada do PMDB foi contra. "Só tirei da emenda aquilo que era decisão da bancada", afirmou, negando ter cedido aos apelos do governo, que também era contra essa proposta.

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Além da emenda aglutinativa, Cunha vai apresentar dois destaques. Um deles estabelece que a prorrogação dos contratos de arrendamento posteriores a 1993 possam ser prorrogados uma única vez, a critério do poder concedente, pelo prazo máximo previsto em contrato. Como esse tema já faz parte da emenda aglutinativa, se ela for aprovada em plenário, esse destaque será retirado.

O outro destaque é o que mantém a validade da Lei 8.630/1993, atual marco regulatório do setor portuário, para todos os casos que não foram abarcados pela nova medida provisória. O governo pretende revogar essa lei e manter apenas a MP para regular o setor.

Tempo hábil

O líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), já considera impossível a aprovação em tempo hábil da MP dos Portos. Segundo ele, mesmo que a tramitação seguisse um ritmo normal daqui para diante na Câmara, o tema somente poderia ser votado no plenário do Senado na sexta-feira, 17. O problema é que a proposta perde validade na próxima quinta-feira, 16.

Sampaio disse que "o melhor caminho" para o governo Dilma seria apresentar um projeto de lei sobre o tema. "Em 45 dias estaríamos votando o assunto aqui", disse o tucano. Segundo Sampaio, a MP chegou ao plenário da Câmara, oriunda da comissão mista especial, com "vícios favorecendo quatro empresas". Ele argumentou que embora o PSDB seja favorável à modernização do marco regulatório do setor portuário, atuará em posição contrária ao texto da MP que está sendo analisada nesta terça.

Questionado se haveria tempo suficiente para a MP ser votada na Câmara, o líder do PMDB na Casa evitou se comprometer e disse: "Difícil responder isso, porque este plenário tem componentes outros", lembrando também dos destaques. Afirmou também, em relação aos tumultos que levaram a sucessivas interrupções do debate sobre o MP na Câmara, que "os episódios são lamentáveis, mas o parlamento tem de ser grandioso".

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