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Estudo alerta para a estabilização da importação de GNL pelo Brasil

Por Denise Luna RIO DE JANEIRO, RJ, 13 de maio (Folhapress) - Um estudo divulgado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) alerta para a tendência da continuidade das importações de GNL (Gás Natural Liquefeito) pelo Brasil, que estariam deixando de ter

Da Redação

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Publicado em 13.05.2013, 16:10:00 Editado em 27.04.2020, 20:30:19
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Por Denise Luna

RIO DE JANEIRO, RJ, 13 de maio (Folhapress) - Um estudo divulgado pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) alerta para a tendência da continuidade das importações de GNL (Gás Natural Liquefeito) pelo Brasil, que estariam deixando de ter um caráter conjuntural para se tornarem um suprimento estável.

De acordo com o estudo, o caráter conjuntural tem decorrido em preços mais elevados do que se fossem celebrados contratos de longo de prazo.

No início de 2013, informa a agência, a importação de GNL atingiu o preço de US$ 18 o milhão de BTU (British Termic Unit) no mercado spot (à vista), contra a média de US$ 12,91 o milhão de BTU em 2012. A importação de GNL é feita predominantemente pela estatal Petrobras.

"A aquisição de GNL no mercado spot, em detrimento de contratos de longo prazo, entretanto, é uma alternativa que deixa o país sujeito à volatilidade do preço internacional do energético, o qual tem um forte componente conjuntural e vem sendo cada vez mais afetado pela própria concorrência regional por GNL", alerta o estudo.

"Em especial a concorrência com a Argentina, que também vem cada vez mais dependendo da importação do produto para suprimento de sua demanda doméstica", informou a ANP.

No final de janeiro de 2013, o Ministério de Minas e Energias estendeu por mais dois anos a autorização da Petrobras para importar GNL através do mercado à vista. Durante esse período, a empresa poderá adquirir um volume total de até 40 milhões de metros cúbicos.

De acordo com a ANP, esse é um indicativo de que as importações vão continuar este ano, puxadas principalmente, como em 2012, pela demanda das usinas térmicas. Atravessando o pior período de seca dos últimos 50 anos, o Brasil registrou em 2012 uma demanda da geração termoelétrica 121% maior do que em 2011. Em 2013, a maioria das usinas continuará ligada para economizar água dos reservatórios das usinas hidrelétricas.

Preços

A ANP ressalta que os preços do GNL vêm crescendo nos últimos dois anos e a que a tendência é de alta para os próximos. Em 2010, o preço médio por milhão de BTU foi de US$ 6,94, uma diferença de 86% para o preço praticado em 2012 (US$ 12,91).

No ano passado, o Brasil importou 38 cargas de GNL, o que significou uso de divisas da ordem de US$ 1,5 bilhão, contra US$ 291 milhões em 2011 e US$ 777 milhões em 2010. A maior parte das compras (76,5%) em 2012 teve como origem Qatar, Nigéria e Trinidad & Tobago.

O consumo de gás natural no Brasil cresceu 22% no ano passado, contra um aumento da produção nacional da ordem de 7%, o que obrigou a Petrobras a importar mais GNL para atender o mercado. As importações de GNL, junto com as de gasolina e diesel, têm impactado negativamente o caixa da companhia, que só deverá voltar a ter fluxo positivo em 2015.

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