SÃO PAULO, SP, 4 de abril (Folhapress) - A Justiça do Trabalho da 14ª Região determinou que os trabalhadores em greve na usina de Jirau, no rio Madeira (RO), não impeçam o acesso de pessoas e veículos ao canteiro de obras e marcou uma audiência de conciliação para amanhã. Segundo o TRT-14, a medida é uma forma de "precaução" diante do histórico de conflitos em greves anteriores. Milhares de trabalhadores entram em greve nas usinas do rio Madeira, em RO.
Já a audiência foi marcada após a Camargo Corrêa, responsável pelas obras no local, pedir intermediação da Justiça nas negociações com os trabalhadores.
A greve nas usinas de Jirau e Santo Antônio começou na última terça-feira. O Consórcio Construtor Santo Antônio também entrou com pedido de instauração de dissídio coletivo.
Os funcionários reivindicam reajuste salarial de 18%, aumento na cesta básica de R$ 270 para R$ 350 e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 50 horas, de acordo com o Sticcero (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Construção Civil do Estado de Rondônia).
As usinas de Jirau e Santo Antônio empregam, respectivamente, cerca de 17 mil e 13 mil funcionários da construção.
De acordo com o Sticcero, o piso de um pedreiro nas usinas é de R$ 1.256 e o de um ajudante é de R$ 954.
Outro Lado
A construtora Camargo Corrêa afirmou que iniciou as negociações com o sindicato três meses antes da data base da categoria, que é em maio, a fim de evitar greves. Segundo a empresa, "o clima no canteiro de obras de Jirau é de normalidade e as atividades essenciais estão mantidas".
Em nota, o consórcio disse que enviou propostas aos trabalhadores após negociações com o sindicato e que foi "surpreendido" com a greve.
Afirmou ainda que "está concentrando todos seus esforços para a retomada imediata dos trabalhos e confia na continuidade dos entendimentos para a retomada imediata das obras".
A usina de Santo Antônio possui 11 turbinas em operação comercial e gera 783 MW de energia, informou a empresa. O avanço das obras é de 83% e a previsão de conclusão é em 2015. Jirau ainda não entrou em operação e tem previsão de conclusão em 2015.
Escrito por Da Redação
Publicado em 04.04.2013, 18:54:00 Editado em 27.04.2020, 20:31:57
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