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Ibre: comércio mostrou em março estar menos otimista

O comércio demonstrou em março estar menos otimista com um possível aumento das vendas nos próximos meses, de acordo com o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), Aloiso Ca

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 03.04.2013, 14:12:01 Editado em 27.04.2020, 20:32:01
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O comércio demonstrou em março estar menos otimista com um possível aumento das vendas nos próximos meses, de acordo com o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), Aloiso Campelo, ao interpretar o resultado do Índice de Confiança do Comércio (Icom), que registrou queda de 2,3% no mês passado. O indicador reflete uma piora das expectativas com os negócios no próximo trimestre por causa da previsão da queda de consumo de bens duráveis, mas também a incerteza dos empresários do comércio com o futuro da economia.


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Foi, contudo, a previsão de que o programa de redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para duráveis seria extinto um dos principais motivos para a piora da confiança do setor. Em abril, após o anúncio do governo de que o programa de redução do IPI para automóveis será mantido, a sondagem deverá trazer taxas melhores do que as do mês anterior, afirmou acreditar Campelo.


O segmento de automóveis não foi o único a demonstrar retração da confiança no mês passado e, por isso, não é capaz de explicar sozinho o resultado da sondagem. Segundo 49,3% dos entrevistados, as vendas se manterão no patamar atual, sem melhoras, no próximo trimestre. A consequência, avalia o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos do Ibre, é que o comércio tentará, nesse momento, controlar os estoques, que, atualmente, estão altos, e, com isso, deve reduzir as encomendas à indústria. "Podemos esperar que o mercado de trabalho do setor de comércio não irá avançar no mesmo ritmo do ano passado", afirmou.


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As avaliações sobre os negócios são ainda piores entre os comerciantes de bens duráveis. Para esse grupo, o Icom de março caiu 5%, mais do que a média do comércio, puxado, sobretudo, pelas expectativas de venda, que retraíram 13,0%. O Índice de Expectativa (IE) - que junto do Índice de Situação Atual (ISA) compõe o Icom - do comércio de veículos caiu 14,5%; e o do comércio ligado a móveis e eletrodomésticos, 13,6%.


Para todo o setor, o Icom de março esteve num patamar inferior ao do mesmo período de 2012. "O que estamos vendo nos principais segmentos é que a economia brasileira ainda não engrenou. Houve uma aceleração a partir do segundo semestre do ano passado, mas ainda não é tão forte. Há menos certezas, o que tem a ver com os problemas internacionais, mas também com questões internas, como inflação e juros", disse.


O grande destaque do Icom desta vez, conforme Campelo, foi o descolamento entre as avaliações dos empresários em relação à situação dos negócios no presente e as expectativas para os meses seguintes. As diferenças entre o ISA, que avançou 4,1%, e o IE, que caiu 6,4%, foi a maior registrada na série histórica, iniciada em março de 2010. "É difícil identificar o quanto da confiança está sendo influenciada pelas notícias divulgadas. A certeza é que o setor não será um setor indutor do crescimento das contratações", alertou.

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