Setor bancário é o mais lucrativo da Bolsa

SÃO PAULO, SP, 2 de abril (Folhapress) - Apesar de terem encerrado 2012 com um lucro menor na comparação com 2011, as empresas do setor bancário foram as mais lucrativas da economia brasileira pelo segundo ano consecutivo, com ganho de R$ 45,7 bilhões, segundo levantamento da consultoria Economatica. Em 2011, o setor havia lucrado R$ 50,13 bilhões. No ano passado, os três maiores bancos de capital aberto do país -Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco- tiveram queda no lucro consolidado ajustado pela inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Foi a primeira desde 1996, de acordo com levantamento feito pela mesma consultoria.

O Banco do Brasil teve lucro recorde de R$ 12,2 bilhões em 2012 e o Itaú Unibanco, seu segundo maior lucro da história dos bancos, de R$ 13,59 bilhões, perdendo apenas para seu próprio resultado no ano anterior. O lucro do Bradesco avançou 3% e o do Santander Brasil despencou 24%.

O segundo setor mais lucrativo em 2012 foi o de petróleo e gás, com R$ 20,5 bilhões em 2012 -ante R$ 33,1 bilhões no ano anterior.

Os prejuízos foram liderados pelos setores de construção e siderurgia e metalurgia. Enquanto o de construção perdeu R$ 1,03 bilhão em 2012 -contra lucro de R$ 3,4 bilhões em 2011- principalmente devido ao prejuízo de R$ 2,17 bilhões da PDG Realty, o de siderurgia e metalurgia registrou perda de R$ 220 milhões -ante lucro de R$ 5,8 bilhões no ano anterior.

Estatais

Segundo o levantamento da Economatica, o lucro de 325 empresas de capital aberto caiu 33,29% entre 2011 e 2012. A queda seria um pouco menor, de 27,95%, se desconsideradas as principais estatais -Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil. A Eletrobras registrou no ano passado o maior prejuízo da história das empresas na Bolsa brasileira.

Os ganhos caíram para empresas de 11 setores da economia e avançaram para companhia de nove. O lucro totalizado foi de R$ 128,4 bilhões no ano passado, ante R$ 192,5 bilhões em 2011. As estatais contribuíram com R$ 25,5 bilhões para a quantia, contra R$ 49,7 bilhões no ano anterior.